São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 2011

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Projeto quer vetar música que ofende as mulheres

Proposta de deputada baiana gera polêmica

PEDRO LEAL FONSECA
DE SALVADOR

Os deputados estaduais da Bahia estão em férias, mas um projeto que tramita na Assembleia Legislativa causa polêmica no meio musical. A deputada Luiza Maia (PT) propõe que o poder público seja proibido de contratar artistas que "em suas músicas, danças ou coreografias desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres à situação de constrangimento".
A iniciativa é uma ofensiva contra as letras do "pagode baiano", gênero popular entre as classes mais pobres.
O projeto de lei -que está sendo avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça- foi assinado pelas 11 deputadas e, segundo a autora, já conta com o apoio de outros 20 parlamentares. "Precisamos criar uma consciência na sociedade para que as pessoas repudiem esse tipo de arte. As mulheres não devem dançar "dando a patinha", como diz um dos hits".
Ela se refere à música "Me Dá a Patinha", do grupo Black Style, cuja letra diz "Ela é uma cadela/Joga a patinha pra cima/Me dá, sua cachorrinha". Outra música diz que "mulher é igual a lata, um chuta e outro cata".
O líder da banda, Robson Costa, diz que o projeto é uma "perseguição". "A deputada tem que respeitar o gosto das pessoas. Eu faço música para o povo."
A vereadora transexual Léo Kret (PR), dançarina de pagode em Salvador (BA), também entrou no debate. "Acho que pode prejudicar financeiramente as pessoas que tocam essas músicas."


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