São Paulo, domingo, 15 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Tratamento envolve psicoterapia

DA REPORTAGEM LOCAL

Irritabilidade, choro fácil, humor instável, ansiedade, perda de energia ou ânimo, diminuição de atenção e insônia. Esses são os sintomas depressivos mais frequëntes na mulher na perimenopausa, período que compreende até cinco anos antes e até um ano depois da menopausa.
Segundo o psiquiatra Joel Rennó Júnior, coordenador geral do Projeto de Atenção à Saúde Mental da Mulher, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, é importante que as mulheres sejam encorajadas a participar de atividades em grupos e psicoterapia de apoio.
Na presença de sintomas depressivos leves ou moderados, acompanhados de desconforto físico, a primeira escolha é a reposição hormonal (TRH), especialmente os estrogênios.
O uso concomitante de estrogênios e antidepressivos ainda é controverso, embora haja estudos demonstrando a eficácia do tratamento, segundo Rennó.
Para o médico, é preciso levar em conta os fatores psicossociais para que a deficiência estrogênica não seja eleita como a única causa dos distúrbios.
Na opinião da psicóloga Vânia Sartori, a dificuldade em lidar com a fase que marca o fim da vida reprodutiva é uma das principais causas dos problemas emocionais da mulher menopausada.
"Elas se sentem menos atraentes ou inúteis", diz a psicóloga, que desenvolve trabalho em terapia cognitiva comportamental. Resgatar a auto-estima é um dos principais objetivos da terapia.

Texto Anterior: Saúde: Insônia afeta mulheres no pós-menopausa
Próximo Texto: Plantão médico - Julio Abramczyk: Doença da infância lesa coronárias
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.