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ESTRADAS
Colisão às 5h40 de ontem envolveu mais três caminhões
Acidente com ônibus mata 9 bóias-frias e fere 30 em SP
EDMILSON ZANETTI
da Agência Folha, em Rinópolis
Nove pessoas morreram e 30 ficaram feridas em um acidente
que envolveu um ônibus de
bóias-frias e três caminhões ontem de manhã, no interior do Estado de São Paulo.
Os mortos e 28 feridos são cortadores de cana que moram no
município de Rinópolis (557 km a
noroeste de SP). Eles estavam indo para o trabalho, às 5h40, quando houve o choque.
Sete pessoas permaneciam internadas no final da tarde de ontem em hospitais de Rinópolis,
Tupã e Marília. Cinco estavam em
estado grave, entre os quais os
motoristas do ônibus Antonio
Donizeti Peixoto, e de um dos caminhões, Claudio Vilmes.
Três pessoas estavam em UTIs
(Unidades de Terapia Intensiva).
A polícia ignora as causas do
acidente, segundo o delegado Ronaldo Gomes, 32. A versão oficial
é de que houve um primeiro choque, frontal, entre o ônibus e um
caminhão de refrigerantes.
Com o choque, o ônibus tombou na pista. Um caminhão carregado de combustível que vinha
atrás bateu no ônibus e atingiu
outro caminhão de bebidas, em
sentido contrário.
A lateral do ônibus, do lado do
motorista, foi destruída. Oito pessoas morreram na hora. Um bóia-fria morreu no hospital.
Até a chegada de ambulâncias e
de bombeiros, os feridos foram
socorridos por caminhoneiros
que passavam pelo local.
A rodovia Assis Chateaubriand
(SP-425), de pista simples, ficou
interditada até as 12h.
Sobreviventes
José Luiz Ferreira, 35, um dos
sobreviventes, disse que todos
dormiam quando o ônibus bateu.
"Parecia um sonho, eu ouvi a
pancada e não vi mais nada", disse Ferreira, internado para observação no pronto-socorro local.
Sua irmã Marina Correia Ferreira morreu no acidente.
Roberto Nunes, outro sobrevivente, depois de medicado e liberado com quatro pontos na cabeça, ainda voltou ao local para buscar a mochila com roupa e a marmita de comida.
Morreram no local: Sidemar da
Silva, 27, Marina Correia Ferreira,
33, Claudemir de Oliveira, 21, José
Fernando Alves, 46, Benício Alves
dos Santos, 50, Elenice Simionato
Heredia, 28, Nivaldo José da Silva,
31, e Luis Antonio Grasiel, 31.
Osvaldo Alves, 45, morreu no
hospital São Francisco, no município de Tupã.
Quatro corpos seriam velados
no ginásio de esportes da cidade,
de 10 mil habitantes.
Outros cinco ficariam nas casas
de familiares.
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