São Paulo, sábado, 15 de setembro de 2007

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Professores da rede municipal de SP anunciam greve

Paralisação a partir do dia 25 foi aprovada em protesto; servidores estaduais também fizeram uma manifestação

Docentes exigem reajuste nos salários, entre outras reivindicações; professores do Estado marcaram novo ato para o próximo dia 28

FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL

Professores e funcionários da rede municipal de ensino de São Paulo aprovaram ontem, em assembléia, uma greve com início para o próximo dia 25. Na mesma data, a categoria decidirá a duração da paralisação.
A pauta de reivindicação contém 18 pontos, entre eles reajuste salarial de 43%; incorporação das gratificações (o que beneficia os aposentados); fim das terceirizações (inclusive da merenda); e que a reestruturação da carreira analisada pela prefeitura não retire benefícios da evolução salarial.
O piso salarial dos professores é de R$ 950, para uma jornada de 20 horas semanais.
A greve foi aprovada em uma assembléia no centro de São Paulo, que contou com 1.500 pessoas, de acordo com a assessoria da PM. Segundo os manifestantes, foram 4.000.
No total, a rede possui 71 mil funcionários, sendo 50 mil professores, e 1,1 milhão de alunos.
O protesto chegou a fechar totalmente a rua Líbero Badaró por mais de uma hora, complicando o trânsito na região.
Para o protesto de ontem houve paralisação dos servidores. De acordo com a Secretaria de Educação, 15% das escolas foram afetadas; segundo os manifestantes, foram 40%.

Pressão
"A greve é a nossa única forma de pressionar o governo", disse o presidente do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), Cláudio Fonseca. A paralisação começará apenas no dia 25 para que haja tempo de articulação.
Ontem, Fonseca -ex-vereador pelo PC do B- foi recebido por uma comissão da Secretaria de Gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM). "Não houve nenhuma sinalização para aumento salarial."
A Secretaria de Gestão informou que estuda a pauta entregue pelos servidores e que não se pronunciaria sobre a manifestação ou a greve.
Já a Secretaria de Educação afirmou que, como a pauta foi encaminhada à Gestão, também não se pronunciaria.

Rede estadual
Ontem, servidores da rede estadual de ensino também fizeram um protesto, na praça da República (centro).
Eles reivindicam aumento de 35,68%, piso salarial de R$ 1.628 e incorporação das gratificações, entre outros pontos.
O piso salarial dos professores é de R$ 915, para uma jornada de 24 horas semanais.
Na assembléia -que reuniu 2.000 pessoas segundo a PM e 5.000 segundo os organizadores-, foi votado o início da greve, mas a paralisação não foi aprovada. Um novo ato foi marcado para o próximo dia 28.
A Secretaria de Educação do governo José Serra (PSDB) afirmou, em nota, que "saúda a sensatez da assembléia".
A pasta diz que, se a pauta for atendida, a folha de pagamento passará o Orçamento da pasta.


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