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Professores da rede municipal de SP anunciam greve
Paralisação a
partir do dia 25 foi
aprovada em
protesto;
servidores
estaduais também
fizeram uma
manifestação
Docentes exigem reajuste
nos salários, entre outras
reivindicações; professores
do Estado marcaram novo
ato para o próximo dia 28
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
Professores e funcionários
da rede municipal de ensino de
São Paulo aprovaram ontem,
em assembléia, uma greve com
início para o próximo dia 25. Na
mesma data, a categoria decidirá a duração da paralisação.
A pauta de reivindicação
contém 18 pontos, entre eles
reajuste salarial de 43%; incorporação das gratificações (o
que beneficia os aposentados);
fim das terceirizações (inclusive da merenda); e que a reestruturação da carreira analisada pela prefeitura não retire benefícios da evolução salarial.
O piso salarial dos professores é de R$ 950, para uma jornada de 20 horas semanais.
A greve foi aprovada em uma
assembléia no centro de São
Paulo, que contou com 1.500
pessoas, de acordo com a assessoria da PM. Segundo os manifestantes, foram 4.000.
No total, a rede possui 71 mil
funcionários, sendo 50 mil professores, e 1,1 milhão de alunos.
O protesto chegou a fechar
totalmente a rua Líbero Badaró
por mais de uma hora, complicando o trânsito na região.
Para o protesto de ontem
houve paralisação dos servidores. De acordo com a Secretaria
de Educação, 15% das escolas
foram afetadas; segundo os manifestantes, foram 40%.
Pressão
"A greve é a nossa única forma de pressionar o governo",
disse o presidente do Sinpeem
(Sindicato dos Profissionais em
Educação no Ensino Municipal
de São Paulo), Cláudio Fonseca. A paralisação começará apenas no dia 25 para que haja
tempo de articulação.
Ontem, Fonseca -ex-vereador pelo PC do B- foi recebido
por uma comissão da Secretaria de Gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM). "Não
houve nenhuma sinalização
para aumento salarial."
A Secretaria de Gestão informou que estuda a pauta entregue pelos servidores e que não
se pronunciaria sobre a manifestação ou a greve.
Já a Secretaria de Educação
afirmou que, como a pauta foi
encaminhada à Gestão, também não se pronunciaria.
Rede estadual
Ontem, servidores da rede
estadual de ensino também fizeram um protesto, na praça da
República (centro).
Eles reivindicam aumento de
35,68%, piso salarial de R$
1.628 e incorporação das gratificações, entre outros pontos.
O piso salarial dos professores é de R$ 915, para uma jornada de 24 horas semanais.
Na assembléia -que reuniu
2.000 pessoas segundo a PM e
5.000 segundo os organizadores-, foi votado o início da greve, mas a paralisação não foi
aprovada. Um novo ato foi marcado para o próximo dia 28.
A Secretaria de Educação do
governo José Serra (PSDB)
afirmou, em nota, que "saúda a
sensatez da assembléia".
A pasta diz que, se a pauta for
atendida, a folha de pagamento
passará o Orçamento da pasta.
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