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Juiz cita "Lei de Gérson" contra shopping
Em liminar, ele mandou Pátio Higienópolis regularizar licença de funcionamento; multa diária é de R$ 20 mil
Para Ministério Público, shopping adicionou ilegalmente 5.200 m2 à sua área; prefeitura terá de fiscalizar ocupação
JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO
A Justiça ordenou ontem
que o shopping Pátio Higienópolis, na região central de
São Paulo, regularize a licença de funcionamento na prefeitura sob pena de multa
diária de R$ 20 mil.
A ação, com pedido de liminar -expedida pelo juiz
Emílio Migliano Neto, da Vara da Fazenda Pública-, foi
proposta pelo Ministério Público, que considera que o
empreendimento funciona
há mais de dez anos de maneira irregular. Cabe recurso.
Para o juiz, os responsáveis pelo empreendimento
"preferiram a sórdida "Lei de
Gérson", de "levar vantagem
em tudo", às exigências da legislação". Trata-se de referência a uma campanha publicitária dos anos 70, estrelada pelo ex-jogador Gérson,
que falava em "levar vantagem em tudo".
A promotora de Justiça de
Habitação e Urbanismo de
São Paulo, Mabel Schiavo
Tucunduva Prieto de Souza,
afirma na ação que o projeto
aprovado do shopping era
para uma construção de
71.616 m2. "No entanto, foram
irregularmente adicionados
mais de 5.199 m2, os quais
abrigam lojas, restaurantes e
serviços", diz a promotora.
"Há mais de dez anos o
centro comercial funciona irregularmente, sem licença
de funcionamento e sem o
devido atendimento às diretrizes que deveriam ser fixadas pela Secretaria Municipal de Transportes, para minimizar o impacto no sistema
viário da cidade", diz a ação.
Na decisão, o juiz manda o
shopping providenciar os documentos que faltam.
O magistrado também
obriga a prefeitura -também
ré na ação- a fiscalizar a regularidade do uso e da ocupação do shopping.
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