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Punks são presos acusados de matar atendente em SP
Segundo a polícia, crime ocorreu porque os três suspeitos queriam comer pizzas sem pagar
Antes de ser esfaqueada, vítima foi espancada com vassoura; crime aconteceu em terminal de ônibus
do centro da cidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Três pessoas (uma mulher e
dois homens) que se identificam como punks foram presas
ontem pela polícia de São Paulo
acusadas de assassinar a facadas o atendente do quiosque de
uma pizzaria localizado dentro
do terminal de ônibus do parque Dom Pedro 2º, na região
central da cidade. O crime
aconteceu na madrugada de
ontem.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o assassinato
ocorreu porque os três punks
queriam que os funcionários do
quiosque dessem pedaços de
pizzas a eles sem cobrar.
Ainda de acordo com a Segurança Pública, no momento em
que atacaram os funcionários
do quiosque da pizzaria, os acusados gritaram "aqui é punk!".
O ataque dos punks começou
quando a mulher do grupo, Simone Ramos de Almeida, 22,
apanhou uma vassoura no
quiosque e partiu para cima de
um dos atendentes -Jailton de
Souza Pacheco, 24- que se recusaram a dar os pedaços de
pizza para o trio.
Enquanto Simone agredia
Pacheco com a vassoura, outros
funcionários do quiosque tentaram livrá-lo dos golpes da
mulher, mas todos acabaram
surpreendidos por Willian de
Oliveira Vicente, 19, que empunhava uma faca e também partiu para a agressão contra o
mesmo atendente.
Ainda segundo a polícia, o
terceiro punk preso, José Augusto Reis dos Santos, 18, também participou da agressão.
Depois de espancar e esfaquear o atendente, Vicente e
Santos fugiram do local a pé. A
faca usada no crime foi abandonada pelo trio em uma lata de
lixo perto do quiosque.
Ferido no abdome e no tórax,
o funcionário do quiosque ficou
caído no chão do terminal de
ônibus até o momento em que
foi socorrido e levado para o
pronto-socorro do Hospital
Vergueiro, onde morreu.
Os seguranças do terminal de
ônibus prenderam Simone
quando ela tentava escapar ao
lado dos outros dois punks. Levada para o 1º DP (Sé), ela denunciou os dois amigos que a
acompanharam na agressão
contra Pacheco.
Com o endereço de Vicente,
os policiais civis do GOE (Grupo de Operações Especiais) foram à casa dele, em São Miguel
Paulista (zona leste de São Paulo), e o surpreenderam dormindo. Vicente também denunciou
Santos, que foi preso.
A Folha não conseguiu localizar os defensores dos três
acusados.
(ANDRÉ CARAMANTE)
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