|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
HC coleta chapas de raio-X para reciclagem
RAPHAEL MARCHIORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A aposentada Olinda de
Almeida, 75, sofre de reumatismo e coleciona chapas de
raio-X em casa. "Não sei onde descartar esses exames e
acabo guardando tudo", diz.
O que ela não sabe é que já
existe um ponto de coleta de
radiografias no Hospital das
Clínicas, em São Paulo. O
posto funciona no prédio dos
ambulatórios, de segunda a
sexta-feira, das 8h às 17h.
O projeto visa eliminar o
descarte indevido das chapas. Elas são compostas de
acetato, plástico que leva
mais de cem anos para se decompor, e prata, um metal
pesado. Ambos podem contaminar solos e rios, caso jogados no lixo comum.
O descarte, porém, só deve
ocorrer com o aval do médico. "Há exames que precisam
de referencial comparativo e
devem ser guardados por alguns anos", afirma Carlos
Suslik, diretor do HC.
Desde a implantação, em
junho, o posto do hospital já
recebeu 1.500 kg de radiografias. O material é todo doado
ao Fundo de Solidariedade
de São Paulo (Fussesp).
Em média, o Fussesp recebe do HC, por mês, mil toneladas de exames. O número
já chegou a 5.000 por mês. A
quantidade cai à medida que
as máquinas analógicas de
raio-X são substituídas por
digitais, que não exigem a
impressão dos exames.
A empresa DPC Brasil, que
adquire o material do Fussesp, compra 20 mil kg de
chapas por mês, ao custo de
R$ 3 o quilo. Quarenta funcionárias separam e lavam os
exames em uma solução com
água e soda cáustica.
É a partir desse processo
que ocorre a extração da prata, reutilizada na fabricação
de joias. Já o plástico vira embalagens de presente.
Texto Anterior: Análise: Risco à sociedade se resolveria se normas fossem aplicadas Próximo Texto: Mortes Índice | Comunicar Erros
|