São Paulo, sábado, 15 de outubro de 2011 |
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Colírio queima olhos de bebê em hospital Família diz que medicamento foi aplicado em excesso e estava errado, pois tinha concentração acima da recomendada Recém-nascido passou por duas cirurgias após a falha, mas pode ter sequelas na visão, segundo médicos DO "AGORA" Um recém-nascido teve os olhos queimados após uma enfermeira aplicar colírio logo depois do parto, no Hospital do Servidor Público Municipal (na região central de São Paulo), na última quarta-feira. A criança corre o risco de ter a visão prejudicada. Segundo familiares do bebê, além de o colírio ter sido aplicado em excesso, a medicação estava errada, pois tinha concentração acima da recomendada. De acordo com os pais da criança, o hospital informou que foi usado um medicamento à base de nitrato de prata. Esse tipo de colírio previne a bactéria que causa gonorreia -doença sexualmente transmissível- e deve ser aplicada em todo recém-nascido, com concentração de 1%. Logo após receber o colírio, a criança ficou com os olhos bastante inchados e roxos. O músico Samuel Alves da Silva, 23, pai do bebê, diz que o médico do hospital afirmou que houve falha da equipe. "Eu estava na sala acompanhando o parto e presenciei que as enfermeiras se excederam quando colocaram a substância. Uma delas comentou com a outra que tinha colocado demais e tentaram limpar o excesso com uma gaze", conta. No mesmo dia, o bebê foi transferido para o Hospital São Paulo, onde passou por duas cirurgias para lavagem e raspagem dos olhos. "O bebê ficou chorando desde que recebeu o colírio. Só tomaram providências em relação ao erro horas depois, quando teve a troca de equipe no hospital", disse Silva. A mãe do bebê, Maiara Cunha, 19, está revoltada. "É um erro que não pode acontecer com ninguém." Os médicos ainda não sabem a gravidade das sequelas. Segundo a oftalmologista Denise de Freitas, do Hospital São Paulo, o colírio provocou uma alteração química nos olhos do bebê. Para ela, a criança pode ter a visão afetada, mas ainda é cedo para avaliar. O excesso de medicação ou a concentração superior pode ter causado o problema. Os pais registraram ontem um boletim de ocorrência no 5º DP (Aclimação) contra o hospital. (TATIANA SANTIAGO E FABIANA CAMBRICOLI) Texto Anterior: Rio de Janeiro: Capitão da Marinha atropela duas mulheres em Niterói e acaba preso Próximo Texto: Outro lado: Profissionais foram afastados, afirma Secretaria de Saúde Índice | Comunicar Erros |
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