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Homicídio doloso cai 24,5% em dez anos
DA SUCURSAL DO RIO
Em números absolutos, os homicídios dolosos registrados pela
Polícia Civil vêm caindo em todo
o Estado desde 1990 (queda de
24,5%), enquanto as lesões corporais dolosas cresceram 72,6%.
Os homicídios, que eram 9.349
em 1990, subiram no início da década, atingiram o pico em 1995,
com 8.438 ocorrências, e começaram a cair a partir daí.
Em 1999, houve 5.930 homicídios dolosos -um ligeiro aumento em relação às 5.741 ocorrências do ano anterior. As lesões
corporais dolosas, que tiveram
35.916 casos registros em 1990,
pularam para 62.021 em 1999.
O diretor-executivo da Fundação Cide, Epitácio Brunet, lembrou que, na comparação das taxas por 100 mil habitantes, a tendência de queda dos homicídios
se repete.
"É importante falar isso num
momento em que sempre se fala
de um suposto aumento da violência. O número de ocorrências
até aumentou, mas o número de
vítimas fatais vem diminuindo."
Ele lembrou que, com a mudança de metodologia adotada pela
Secretaria da Segurança em agosto de 1999, ficou possível calcular
os índices de violência em diferentes áreas do Estado.
Os piores índices mensais de
homicídios estão na região metropolitana, especialmente em
áreas como Nova Iguaçu, Seropédica, Belford Roxo e Queimados.
Uma boa notícia foi o início da
redução das mortes por causas
externas, que vinham representando, em toda a década, cerca de
15% dos óbitos.
Em 1998, de acordo com os últimos dados disponíveis, a taxa foi
de 13,7%. Essas mortes são as chamadas "mortes violentas", normalmente associadas a homicídios, acidentes de trânsito e, em
menor número, outros acidentes,
como afogamentos.
Em compensação, aumentaram
as mortes por doenças do aparelho respiratório (que chegaram,
em 1998, a 11% do total) e as resultantes de doenças infecciosas e
parasitárias (3,8% do total em
1990 para 5% em 1998).
(FE)
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