São Paulo, quarta-feira, 15 de novembro de 2000

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Conferência debate fim do PAS em S. Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

A 10ª Conferência Municipal de Saúde começou ontem o ritual de enterro do PAS, o Plano de Atendimento à Saúde implantado em 1996, na gestão do então prefeito Paulo Maluf. A conferência do ano passado já tinha sido pautada pela necessidade de se retomar a implantação do SUS, o Sistema Único de Saúde.
O tema do encontro deste ano considera formalmente o final do PAS, como já anunciou a prefeita eleita Marta Suplicy. Os temas tratados giram em torno da "efetivação do SUS na cidade de São Paulo, com acesso, humanização e qualidade". Cerca de 1.100 pessoas participam da conferência, que termina hoje, no Centro de Convenções do Anhembi.
"A conferência deve referendar o processo de transição, cuidado para que a passagem não provoque um caos na assistência médica", disse Carlos Alberto Velucci, secretário municipal da Saúde. Segundo ele, 55% dos atendimentos em São Paulo ainda são feitos pelo PAS, "embora o comando esteja nas mãos da secretaria".
A Conferência Municipal de Saúde, que reúne representantes da população, de profissionais de saúde e de gestores (administradores da saúde), é um órgão consultivo, sem poder para deliberar.
"A conferência traça as grandes diretrizes da saúde, e a principal delas é a implantação do SUS", diz o vereador Carlos Neder (PT).
A dificuldade está na falta de informações confiáveis, afirma o vereador, pois até agora o programa vem sendo tocado sem prestar contas a ninguém. "A retomada de um controle público sobre a saúde e suas prioridades é fundamental", diz Neder.
O encontro também tem a missão de preparar as teses e moções que serão apresentadas na Conferência Nacional de Saúde, marcada para 16 a 19 de dezembro.


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