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Conferência debate
fim do PAS em S. Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
A 10ª Conferência Municipal de
Saúde começou ontem o ritual de
enterro do PAS, o Plano de Atendimento à Saúde implantado em
1996, na gestão do então prefeito
Paulo Maluf. A conferência do
ano passado já tinha sido pautada
pela necessidade de se retomar a
implantação do SUS, o Sistema
Único de Saúde.
O tema do encontro deste ano
considera formalmente o final do
PAS, como já anunciou a prefeita
eleita Marta Suplicy. Os temas tratados giram em torno da "efetivação do SUS na cidade de São Paulo, com acesso, humanização e
qualidade". Cerca de 1.100 pessoas participam da conferência,
que termina hoje, no Centro de
Convenções do Anhembi.
"A conferência deve referendar
o processo de transição, cuidado
para que a passagem não provoque um caos na assistência médica", disse Carlos Alberto Velucci,
secretário municipal da Saúde.
Segundo ele, 55% dos atendimentos em São Paulo ainda são feitos
pelo PAS, "embora o comando
esteja nas mãos da secretaria".
A Conferência Municipal de
Saúde, que reúne representantes
da população, de profissionais de
saúde e de gestores (administradores da saúde), é um órgão consultivo, sem poder para deliberar.
"A conferência traça as grandes
diretrizes da saúde, e a principal
delas é a implantação do SUS", diz
o vereador Carlos Neder (PT).
A dificuldade está na falta de informações confiáveis, afirma o
vereador, pois até agora o programa vem sendo tocado sem prestar
contas a ninguém. "A retomada
de um controle público sobre a
saúde e suas prioridades é fundamental", diz Neder.
O encontro também tem a missão de preparar as teses e moções
que serão apresentadas na Conferência Nacional de Saúde, marcada para 16 a 19 de dezembro.
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