DA REPORTAGEM LOCAL

Dezenove andares pela escada, com a filha de um ano no colo, o filho de cinco pela mão, mochila de ambos nas costas e falta de luz de emergência nos últimos lances.
E o chef Flávio Rocha dos Santos ainda terminou a noite de apagão, na última terça-feira, com um banho gelado. "Eu estava muito suado, cansado de subir a escada".
Santos, morador de Santo André, viu então, como grande parte dos brasileiros urbanos, sua vida travada pela falta de alternativa à eletricidade.
"Eu trabalho com eventos e foi sorte não ter tido nada nesse dia. Imagine um apagão em dia de festa para 500 pessoas. Alguma coisa vai acabar estragando", disse.
A noite serviu, ao menos, para algo em falta entre os moradores da Grande São Paulo. "Minha vizinha veio até em casa com a filha e ficamos todos conversando."
Além do convívio, o apagão apresentou ao filho as limitações da tecnologia. "Tive de explicar o porquê de a luz do carro estar funcionando e a de casa não. O apagão acabou nos tirando da rotina, mas não foi de todo ruim." (DB)


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