São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

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Pastoral realiza repúdio ao aborto em manifesto

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A Pastoral da Criança aprovou ontem uma moção contra o projeto que legaliza o aborto no Brasil. O manifesto foi redigido e aprovado numa assembléia de coordenadores da entidade. A coordenadora nacional da Pastoral, a médica Zilda Arns, conduziu a redação final.
Não houve discordância de posição entre os cerca de 60 coordenadores e capacitadores nacionais de voluntários reunidos em Curitiba.
O manifesto tem oito linhas e será enviado a deputados federais e a senadores. O projeto que descriminaliza o aborto está previsto para entrar na pauta da Câmara no início de 2006.
Ligada à Igreja Católica, a pastoral repudia o aborto em qualquer circunstância -mesmo quando há risco de morte para a mãe e em caso de má formação do feto.
A assembléia de coordenadores tomou posição em nome dos 262 mil voluntários e de 1,4 milhão de famílias atendidas pela entidade, em 4.008 cidades. ""[Os coordenadores] reafirmam a missão da Pastoral da Criança de promoção e defesa da vida, desde sua concepção, colocando-se contra todas as formas de supressão da vida humana", diz o texto. ""Mesmo com risco de morte da mãe, o aborto não é permitido. Mas se ela vai morrer, [abortar] é decisão dela", disse depois Zilda Arns.
A proposta à espera de discussão na Câmara permite às mulheres abortar até a 12ª semana de gestação sem que precise justificar o motivo e até a 20ª semana, em caso de gravidez em conseqüência de estupro. Nos casos de anencefalia do feto ou risco de morte da gestante, não há prazo.


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