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PF prende 8 acusados de agenciar prostitutas para o exterior
PAULO SAMPAIO
DA REPORTAGEM LOCAL
FELIPE BÄCHTOLD
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Polícia Federal prendeu
ontem oito pessoas acusadas de
aliciar mulheres para prostituição no Brasil e no exterior. Entre os detidos está a artista
plástica Jiselda Aparecida de
Oliveira, a Gigi, que, segundo a
polícia, se apresentava como a
"maior cafetina do Brasil".
A operação, chamada de
Afrodite, prendeu três mulheres e cinco homens na capital
paulista, em Santo André e em
Juquitiba (Grande SP).
De acordo com a PF, o grupo
possuía catálogos com fotos de
pelo menos mil mulheres, quase todas de São Paulo. Os clientes, a maioria da Europa ou dos
Estados Unidos, solicitavam
acompanhantes com determinadas características físicas.
A quadrilha pesquisava na
lista garotas com o perfil desejado e encaminhava fotos por e-mail aos interessados. A seguir,
eram organizados encontros de
alguns dias no Brasil ou no exterior. Segundo a PF, entre as
aliciadas há diversas modelos
com ensaios publicados em revistas nacionais.
A maioria das mulheres que
participava do esquema sabia
que a viagem tinha o propósito
de prostituição, de acordo com
o delegado responsável pelo caso, Flávio Luiz Trivella. Cada
garota agenciada embolsava de
30% a 50% do valor pago pelos
clientes. As mulheres aliciadas
e os fregueses, segundo a PF,
não serão processados ou investigados.
Segundo a polícia, a quadrilha contava também com colaboradores brasileiros em outros países, como Portugal.
Agência de fachada
Para a PF, Jiselda de Oliveira
possuía uma agência de modelos de fachada, a Gigi Models,
que recrutava acompanhantes
para o esquema.
Na internet, há sites estrangeiros de sexo que citam a empresa como uma opção para obter acompanhantes no Brasil,
como um fórum americano
com discussões sobre turismo
sexual. Em um site nacional de
classificados, há anúncios da
agência para recrutamento de
acompanhantes.
Os acusados prestaram depoimento ontem e estão em regime de prisão temporária de
cinco dias na superintendência
da Polícia Federal em São Paulo. Eles vão responder processo
por tráfico de pessoas, aliciamento para prostituição e formação de quadrilha. Cada um
desses crimes tem pena prevista de até oito anos de prisão.
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