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País reduz homicídios pela 1ª vez em 5 anos, diz ONG
Na contramão de outros Estados, só o Rio e Roraima diminuíram seus investimentos em segurança pública
DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA
Pela primeira vez desde
2004, o Brasil apresentou
uma queda no número de homicídios dolosos (intencionais). A redução foi pequena,
pouco mais de 1%, o que para
os especialistas significa que
houve uma estagnação do
crescimento que estava ocorrendo nos últimos anos.
Os dados foram compilados no anuário do Fórum
Brasileiro de Segurança Pública, divulgado ontem em
São Paulo, e foram fornecidos pela União e pelos Estados. A ONG faz uma comparação entre 2008 e 2009.
"O país tem uma hemorragia, conseguimos estancá-la,
mas não curá-la", diz o secretário-geral do fórum, o sociólogo Renato Sérgio de Lima.
No ano passado, foram registrados 43.016 casos de assassinatos. No anterior, foram 43.635. Em um caso pode haver mais de uma vítima.
Os dados estão sujeitos à
revisão, já que 15 unidades
da federação têm sistemas de
divulgação considerados falhos pela ONG. Ou seja, pode
haver subnotificação de crimes. O Acre, por exemplo,
não repassou seus dados.
Estado-chave no combate
ao crime organizado no país,
o Rio diminuiu o valor gasto
com cada habitante em segurança pública. Segundo o fórum, o Rio reduziu, entre
2008 e 2009, de R$ 310 para
R$ 231 o valor gasto por habitante com segurança.
A redução do governo Sérgio Cabral (PMDB) foi de 25%
- passou de R$ 4,9 bilhões
para R$ 3,7 bilhões. Além do
Rio, só Roraima cortou os
gastos com segurança: 10%.
Os demais Estados e a União
elevaram as despesas.
Cabral negou ter havido
queda e disse as despesas
cresceram R$ 500 milhões
-de R$ 4,4 bilhões em 2008
para R$ 4,9 bilhões em 2009.
Ele contestou os dados do
anuário. Afirmou que é preciso contabilizar gastos com
aposentadorias e pensões de
policiais, que deixaram de
entrar na conta do Orçamento a partir de 2009.
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