São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

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Temor é o de que ações sejam anuladas, diz TJ

DE SÃO PAULO

A direção do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo afirma que o sistema de videoconferências está sendo pouco usado porque os juízes temem que o emprego do equipamento leve à anulação das ações.
Em nota, o juiz Richard Chequini, assessor da presidência do TJ, diz que a queda no uso ocorreu por haver "resistência ao sistema por parte dos tribunais superiores e principalmente da Defensoria Pública que sistematicamente se recusa a aceitá-lo".
"Corre-se sempre o risco de que ocorra a anulação do processo", afirma.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Defensoria Pública de São Paulo afirmou que as teleaudiências devem ser usadas em situações excepcionais e não para a realização de todos os tipos de depoimentos.

INSEGURANÇA
Segundo a Defensoria, este posicionamento está baseado em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) e na legislação.
Em 2008, foi aprovada uma lei que regulamentou as videoconferências.
De acordo com o magistrado Edison Brandão, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, mesmo na vigência da nova lei, o STF anulou processos anteriores a ela nos quais foi usada a videoconferência, gerando insegurança entre os juízes.


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