São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 |
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FOCO Casarão na Augusta dá lugar a prédio Antigo cortiço, na esquina da Dona Antônia de Queirós, começou a ser demolido na 6ª
JAMES CIMINO DE SÃO PAULO A história da música se repete na esquina da rua Augusta com a Dona Antônia de Queirós (centro de SP): um "palacete assobradado", usado como cortiço e cuja história é desconhecida do patrimônio histórico, dará lugar a um edifício. Comprado pela construtora Esser, que não deu detalhes sobre o projeto, tampouco de quem comprou e quanto pagou pelo terreno, o casarão será substituído por mais um dos vários empreendimentos que estão surgindo na região e que elevaram o preço do metro quadrado na área à casa dos R$ 6.000. O valor é o mesmo encontrado em bairros nobres como Vila Madalena e Moema. Essa valorização está expulsando os tradicionais prostíbulos da Augusta para dar lugar, além de prédios residenciais, a bares, clubes e restaurantes. Na última sexta, começou a demolição do prédio, que havia anos estava em péssimo estado de conservação. Como não há espaço para a instalação de maquinários no local, a demolição será feita manualmente e deve demorar 30 dias. SEM TETO Foi dado um prazo de três dias para desocupação. Mas nem todos os atuais seis moradores deixaram o casarão. O pedreiro José Raimundo da Silva, 59, que invadiu o local há seis anos, teve que ficar. O contrato para a nova casa ainda não estava pronto. A demolição começou com ele dentro. Ontem, seu José reclamava que seu quarto já estava sem teto. A chuva molhou seus documentos. "Achei sacanagem", diz. Nos órgãos de patrimônio histórico não há qualquer registro histórico do edifício. Mesmo o prolífico Google encontra apenas uma referência ao antigo palacete. De acordo com o site São Paulo Antiga, ele data de 1913. Mas, em seu frontão, nem a indicação de data ficou. Texto Anterior: Outro lado: Empresas dizem que falhas serão solucionadas Próximo Texto: Enem para prejudicados acontece hoje Índice | Comunicar Erros |
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