São Paulo, quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

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Ladrões usam explosivos em tentativa de assalto

Um guincho foi usado para derrubar portão de transportadora de valores de Santo André

Após troca de tiros com seguranças da Protege, os criminosos fugiram sem levar nada; funcionária foi ferida de raspão por bala

DO "AGORA"

Com a ajuda de explosivos e de um guincho, um grupo de aproximadamente 15 homens tentou assaltar na noite de anteontem a transportadora de valores Protege, em Santo André (Grande São Paulo).
Após troca de tiros com seguranças da empresa, os ladrões fugiram sem levar nada. Uma mulher se feriu sem gravidade.
A ação começou com o seqüestro do motorista do guincho. Perto das 21h, o grupo ligou para uma empresa de guinchos e simulou um pedido de socorro. Ao chegar ao local indicado, o motorista foi rendido e obrigado a levar o caminhão-guincho até o prédio da Protege, a cerca de três quilômetros.
Na empresa, os assaltantes jogaram o guincho de ré contra o portão, arrombando-o. Depois, colocaram explosivos numa parede que impedia o acesso à tesouraria. A carga, no entanto, não foi suficiente para derrubar a parede.
A polícia ainda não sabe qual foi o material explosivo utilizado pelos assaltantes.
Após a explosão, houve troca de tiros entre os assaltantes e os seguranças da empresa. Segundo a polícia, os criminosos usaram fuzis e metralhadoras. Para se proteger, o motorista do guincho deitou-se no assoalho da cabine do veículo.
Os ladrões também renderam o motorista de um microônibus que faz transporte de funcionários da empresa e colocaram o veículo atravessado na rua para dificultar a chegada de policiais.
Uma funcionária da Protege foi ferida de raspão por uma bala nas costas durante o tiroteio, mas foi medicada e passa bem. Não houve mais feridos, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Segundo testemunhas, o tiroteio durou cinco minutos, mas policiais acreditam que o tempo da troca de tiros foi menor. De acordo com a Dise (Delegacia de Informações Sobre Entorpecentes de Santo André), o grupo utilizou de seis a oito carros na tentativa de assalto. Apenas um Astra e uma moto roubados foram apreendidos pela polícia.

Memória
Em setembro do ano passado, um grupo também usou explosivos -usados pelos exércitos dos EUA e de Israel- para levar R$ 15 milhões de outro prédio da Protege, na Água Branca (zona oeste). Foi o maior assalto do ano passado a esse tipo de empresa no Estado.
Segundo os policiais, 62 pessoas, no total, participaram do roubo de setembro. Parte do dinheiro foi recuperada em um veículo abandonado pelos criminosos após o assalto.


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