|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Francês é morto ao reagir a assalto na Vila Mariana
Segundo testemunhas, ele chegou a chutar o assaltante que estava armado
Crime ocorreu em bar perto da casa em que vítima morava com a mulher; os 2 criminosos se passaram por clientes antes de anunciar o assalto
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um professor francês residente no Brasil foi morto a tiros
durante um assalto a um bar da
Vila Mariana, na zona sul de
São Paulo. Segundo a polícia,
Gabriel Robert Parfait, 50, reagiu ao assalto na noite de anteontem. A polícia tenta identificar os dois assaltantes.
Parfait morava no bairro com
a mulher, a brasileira Maria Janete Silverio, 44. Por volta das
20h de anteontem, o casal foi
ao bar de um amigo, localizado
na rua Dionísio da Costa, perto
de onde morava.
"Estava faltando luz em casa,
por isso decidimos descer. Gabriel queria tomar uma cerveja", disse Maria.
Segundo a polícia, às 22h10,
dois jovens que se passavam
por clientes do estabelecimento se levantaram da mesa onde
estavam e anunciaram um crime. "Ele [Parfait] achou que era
uma brincadeira, mas eu avisei
que não era, porque um deles
levantou a camisa e eu vi uma
arma", afirmou Maria.
Ela disse que correu para o
banheiro para se proteger, mas
Parfait não quis acompanhá-la.
Testemunhas disseram à polícia que o francês discutiu com
os criminosos, afirmando que
eles não poderiam continuar o
assalto. Ele chutou o homem
que estava com a arma.
A dupla roubou R$ 400 e dois
relógios. Antes de ir embora, os
assaltantes trocaram algumas
palavras e atiraram na vítima.
"Ele falava para o assaltante:
"Você não vai atirar, você não
atira em ninguém". O cara que
estava com a arma falou: "Sai fora, coroa, você é muito folgado",
e atirou", disse uma testemunha, que pediu para não ter o
nome divulgado.
Um dos disparos atingiu um
braço e o abdome do professor,
que morreu no hospital. Os criminosos fugiram correndo e
entraram em um carro.
A polícia investiga se a vítima
reagiu dessa maneira por estar
alcoolizada. De acordo com
uma testemunha, Parfait e a
mulher tinham tomado três
cervejas e não aparentavam estar embriagados.
O delegado Maurício Druziani, titular do 6º Distrito Policial
(Cambuci), informou que foram achadas impressões digitais em copos usados pelos assaltantes. Elas podem servir como provas do crime caso um
dos suspeitos seja preso.
Texto Anterior: Rio de Janeiro: Vereadores de Belford Roxo diminuem salário em R$ 2.000 Próximo Texto: Perfil: Violência do país o revoltava, afirma viúva Índice
|