São Paulo, sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Francês é morto ao reagir a assalto na Vila Mariana

Segundo testemunhas, ele chegou a chutar o assaltante que estava armado

Crime ocorreu em bar perto da casa em que vítima morava com a mulher; os 2 criminosos se passaram por clientes antes de anunciar o assalto

LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um professor francês residente no Brasil foi morto a tiros durante um assalto a um bar da Vila Mariana, na zona sul de São Paulo. Segundo a polícia, Gabriel Robert Parfait, 50, reagiu ao assalto na noite de anteontem. A polícia tenta identificar os dois assaltantes.
Parfait morava no bairro com a mulher, a brasileira Maria Janete Silverio, 44. Por volta das 20h de anteontem, o casal foi ao bar de um amigo, localizado na rua Dionísio da Costa, perto de onde morava.
"Estava faltando luz em casa, por isso decidimos descer. Gabriel queria tomar uma cerveja", disse Maria.
Segundo a polícia, às 22h10, dois jovens que se passavam por clientes do estabelecimento se levantaram da mesa onde estavam e anunciaram um crime. "Ele [Parfait] achou que era uma brincadeira, mas eu avisei que não era, porque um deles levantou a camisa e eu vi uma arma", afirmou Maria.
Ela disse que correu para o banheiro para se proteger, mas Parfait não quis acompanhá-la.
Testemunhas disseram à polícia que o francês discutiu com os criminosos, afirmando que eles não poderiam continuar o assalto. Ele chutou o homem que estava com a arma.
A dupla roubou R$ 400 e dois relógios. Antes de ir embora, os assaltantes trocaram algumas palavras e atiraram na vítima.
"Ele falava para o assaltante: "Você não vai atirar, você não atira em ninguém". O cara que estava com a arma falou: "Sai fora, coroa, você é muito folgado", e atirou", disse uma testemunha, que pediu para não ter o nome divulgado.
Um dos disparos atingiu um braço e o abdome do professor, que morreu no hospital. Os criminosos fugiram correndo e entraram em um carro.
A polícia investiga se a vítima reagiu dessa maneira por estar alcoolizada. De acordo com uma testemunha, Parfait e a mulher tinham tomado três cervejas e não aparentavam estar embriagados.
O delegado Maurício Druziani, titular do 6º Distrito Policial (Cambuci), informou que foram achadas impressões digitais em copos usados pelos assaltantes. Elas podem servir como provas do crime caso um dos suspeitos seja preso.


Texto Anterior: Rio de Janeiro: Vereadores de Belford Roxo diminuem salário em R$ 2.000
Próximo Texto: Perfil: Violência do país o revoltava, afirma viúva
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.