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Criminosos fazem arrastão em prédio na Chácara Klabin
Bandidos entraram pela garagem e, por cerca de três horas,
mantiveram moradores reféns no salão de festas do edifício
Doze apartamentos, entre
eles de um desembargador
do TJ, foram invadidos;
sistema de entrada da
garagem estava quebrado
DA REPORTAGEM LOCAL
Um grupo de cerca de 15 homens fez um arrastão na noite
de ontem em um prédio na
Chácara Klabin, área nobre na
zona sul da capital, onde mora
um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Por cerca de três horas, moradores foram mantidos reféns
no salão de festas enquanto o
bando coletava computadores,
joias, celulares e dinheiro nos
12 apartamentos do condomínio. Os bandidos fugiram momentos antes de a polícia chegar ao local. Até o fechamento
desta edição, nenhum deles havia sido capturado.
A ação começou por volta das
17h30. Segundo moradores, o
porteiro abriu a porta da garagem para o carro em que estava
um dos bandidos achando tratar-se de um dos moradores.
Uma vez dentro do prédio, o assaltante rendeu o funcionário e
abriu a garagem para os demais. A única forma de abrir a
porta era pelo botão da guarita.
Segundo moradores, desde
segunda-feira o sistema elétrico de entrada da garagem estava queimado, e os controles que
ficam com os condôminos não
estavam funcionando.
A justificativa para a demora
do conserto foi que a peça quebrada era antiga e difícil de ser
substituída. As câmeras de vigilância foram danificadas e ainda não se sabe se as gravações
foram preservadas.
Os bandidos, disse um moradora, foram rendendo quem
circulava na área comum do
prédio e obrigando que retornassem para seus apartamentos acompanhadas pelos assaltantes. O método permitiu que
o bando conseguisse entrar na
maioria das residências, incluindo a do desembargador.
As pessoas foram sendo levadas para o salão de festas e obrigadas a ficarem quietas e de cabeça baixa, sob a mira das armas dos assaltantes.
Em um dos apartamentos,
em que havia apenas dois adolescentes, um rapaz de 14 anos
e uma garota de 17 anos, os bandidos, segundo uma outra moradora, incitaram o jovem a segurar uma das metralhadoras
que portavam e a entrar para a
gangue, dizendo que ele "levava
jeito" para o crime.
Uma moradora contou que
assim que estacionou o carro
na garagem foi surpreendida
pelos bandidos armados, que
reviraram a bolsa e a levaram
para o salão de festas.
(MARIANA BARROS E DANIEL BERGAMASCO)
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