São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 2010

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entrevista

"Falta educação para diferenças", diz sociólogo

DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo jovens amados pela família e com acesso a escolas de ponta não são educados para respeitar diferenças de comportamento, raça etc. A crítica é do sociólogo Moisés Baptista, 42, da USP.

FOLHA - Como contextualizar essas brigas?
MOISÉS BAPTISTA
- Há o processo natural do jovem que procura sua identidade como homem e, uma vez nesses grupos, terá de brigar junto. Pense nas brigas entre punks e fãs de heavy metal nos anos 1980, com motivos banais, como punks que achavam que os metaleiros se apropriavam da roupa deles. E há a sensação de impunidade e a intolerância.

FOLHA - Há remédio?
BAPTISTA
- Na família e na escola, falta educação para diferenças. O jovem é preparado para matemática, línguas, mas não para respeitar comportamentos diferentes. A sociedade é individualista. Ainda hoje, se um homossexual é maltratado na escola, a escola finge que não vê.


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