São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 2011

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Nova Friburgo agora sofre com racionamento de comida

População teme desabastecimento; autoridade diz não haver escassez

DOS ENVIADOS ESPECIAIS A NOVA FRIBURGO
DO ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO


Depois da tragédia provocada pelas chuvas e dos boatos sobre novos deslizamentos, a população de Nova Friburgo começou a sentir os efeitos do racionamento de comida. Supermercados do centro da cidade limitam a entrada de compradores e criaram cotas para a compra.
"As pessoas estão com medo. Chega ajuda, com caminhões de abastecimento de água, mas elas temem que possa faltar. Não há desabastecimento", disse a psicóloga Elizabeth Hermanson, 61.
No centro, a maioria dos estabelecimentos está com as portas fechadas, com receio de saques. Um dos poucos locais abertos restringiu as compras a três itens por pessoas. O racionamento levou à disparada de preços.
Em Campo do Coelho, localidade de Nova Friburgo, uma vela custa R$ 9, e o litro do leite, R$ 6. As autoridades alertaram a população de que não há razão para se fazer estoque de comida.
A todo instante novas doações chegam na cidade. A reportagem presenciou a chegada de dez toneladas, em comboios de 17 carros levados por grupos da igreja Testemunhas de Jeová.
Na cidade, 30% dos moradores estão sem luz e sem telefone. No total, Nova Friburgo conta com 3.220 desalojados e 1.970 desabrigados. Em toda a região serrana do Rio são ao menos 13.830 pessoas que perderam casas ou estão fora de suas residências.
Já Teresópolis se recupera do susto causado por boatos de que estariam ocorrendo saques em lojas. Faltou água, o que deixou boa parte do comércio de portas fechadas.
Segundo a prefeitura, 80% das plantações foram destruídas pela chuva. O governador Sérgio Cabral decretou luto oficial por sete dias.


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