São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 2011

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PAULO FRALETTI (1921-2011)

Um médico psiquiatra de Pereiras

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

O município paulista de Pereiras, hoje com 7.468 habitantes, foi a grande paixão de Paulo Fraletti. Foi lá que ele nasceu e passou os últimos 14 anos de vida. No período em que esteve fora da cidade, construiu sua carreira de médico psiquiatra.
Na adolescência, ele se mudou para São Paulo a fim de estudar. O curso de medicina, porém, Paulo começou em Curitiba. Quando estava no terceiro ano, transferiu-se para a capital paulista, onde se formou em 1947, pela Escola Paulista de Medicina.
Único de 14 irmãos que optou por fazer faculdade, Paulo foi médico psiquiatra da Secretaria da Saúde de SP.
Trabalhou no Manicômio Judiciário do Estado, hoje Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, de 1948 a 1990, quando se aposentou. Foi diretor de 1963 a 1971, e diretor-geral do Núcleo Hospitalar do Juquery, nos anos 70. Durante todo esse tempo, também teve sua clínica particular, fechada em 1996.
Deu aulas de psiquiatria e psicologia médica em instituições como a Santa Casa de São Paulo e a Fundação Universitária do ABC, de onde se tornou professor emérito.
Além de trabalhos de medicina, publicou sobre a história de Pereiras e região. Lá, abriu um museu e uma associação de cultura. Escreveu ainda sete livros de poesia.
Costumava dizer que a "semiologia e a psicopatologia nos ensinam a conhecer a doença, e as obras literárias a conhecer o doente".
Em 1986, casou-se de novo. Estava com Alzheimer há três anos. Morreu na quinta (6), aos 90, deixando mulher, quatro filhos, do primeiro casamento, e oito netos.

coluna.obituario@uol.com.br


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