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Internet vende equipamentos para fraude
da Reportagem Local
Equipamentos iguais aos que
a polícia encontrou na casa do
motoboy Feliciano Dato Júnior, suspeito de clonar cartões, são oferecidos pela Internet e entregues pelo correio.
Um pacote contendo cem
cartões com tarjas magnéticas
limpas e prontas para serem
gravadas, por exemplo, custa
R$ 42,72 em um site de empresa brasileira.
O leitor de cartão magnético,
aparelho que identifica as informações da tarja e ajuda na
fraude, custa cerca de US$ 170.
Um gravador mais sofisticado, capaz de produzir cópias
idênticas, sai por cerca de US$
2.000.
Fabricantes desses produtos
evitam falar sobre as clonagens. Alegam segredo e informam que bancos e empresas
estão modernizando seus códigos contra a clonagem.
Em contato com empresas
do ramo, a Folha descobriu
que ladrões estão roubando
das fábricas aparelhos que permitem a duplicação. Uma firma foi assaltada duas vezes em
quatro meses na capital.
Esses produtos são geralmente usados por empresas
para registro de ponto de funcionários ou em cartões usados
em máquinas de jogos eletrônicos.
Segundo a polícia, o motoboy
preso, apesar de não ter informação específica na área de informática, conseguia introduzir a senha e dados de clientes
de bancos em um cartão falso.
O passo seguinte era efetuar
saques e transferências.
Avaliação
O diretor de relações institucionais do Itaú, Aldous Galletti,
disse que os vazamentos de informações, se ocorreram, podem ter ligação com descuidos
dos correntistas.
Enquanto as investigações
internas não terminam, o banco recomenda aos clientes que
tomem cuidados com os cartões magnéticos. Um desses
conselhos é proteger a senha e
os dados da conta de pessoas
estranhas, principalmente dentro dos terminais de atendimento 24 horas.
Quem utiliza o cartão para
compras à vista, segundo o
banco, deve acompanhar a realização da operação na máquina que registra o débito e depois conferir o valor.
(AS)
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