São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2000


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Internet vende equipamentos para fraude

da Reportagem Local

Equipamentos iguais aos que a polícia encontrou na casa do motoboy Feliciano Dato Júnior, suspeito de clonar cartões, são oferecidos pela Internet e entregues pelo correio.
Um pacote contendo cem cartões com tarjas magnéticas limpas e prontas para serem gravadas, por exemplo, custa R$ 42,72 em um site de empresa brasileira.
O leitor de cartão magnético, aparelho que identifica as informações da tarja e ajuda na fraude, custa cerca de US$ 170.
Um gravador mais sofisticado, capaz de produzir cópias idênticas, sai por cerca de US$ 2.000.
Fabricantes desses produtos evitam falar sobre as clonagens. Alegam segredo e informam que bancos e empresas estão modernizando seus códigos contra a clonagem.
Em contato com empresas do ramo, a Folha descobriu que ladrões estão roubando das fábricas aparelhos que permitem a duplicação. Uma firma foi assaltada duas vezes em quatro meses na capital.
Esses produtos são geralmente usados por empresas para registro de ponto de funcionários ou em cartões usados em máquinas de jogos eletrônicos.
Segundo a polícia, o motoboy preso, apesar de não ter informação específica na área de informática, conseguia introduzir a senha e dados de clientes de bancos em um cartão falso.
O passo seguinte era efetuar saques e transferências.

Avaliação
O diretor de relações institucionais do Itaú, Aldous Galletti, disse que os vazamentos de informações, se ocorreram, podem ter ligação com descuidos dos correntistas.
Enquanto as investigações internas não terminam, o banco recomenda aos clientes que tomem cuidados com os cartões magnéticos. Um desses conselhos é proteger a senha e os dados da conta de pessoas estranhas, principalmente dentro dos terminais de atendimento 24 horas.
Quem utiliza o cartão para compras à vista, segundo o banco, deve acompanhar a realização da operação na máquina que registra o débito e depois conferir o valor. (AS)


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