São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 2001

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RIO
Vagas estão preenchidas, diz ONG

Ladras ficam fora de programa de proteção

DA SUCURSAL DO RIO

As desempregadas Geni Ribeiro Barbosa, 27, e Andréa Cristina dos Santos, 30, ainda não ingressaram no Programa de Proteção à Testemunhas, uma parceria dos governos federal e do Rio.
As duas foram flagradas furtando protetores solares na filial do Carrefour de Jacarepaguá (zona oeste do Rio) no dia 27 de janeiro. Segundo disseram à polícia, os seguranças chamaram traficantes da favela vizinha para puni-las.
No dia 8 de fevereiro, elas se reuniram com secretário estadual de Justiça do Rio, João Luís Duboc Pinaud, para que a inclusão no programa fosse agilizada. A Secretaria de Justiça informou que Geni e Andréa optaram por não entrar no programa, pois não queriam deixar os familiares.
"Elas não têm o perfil das pessoas que devem ser assistidas, pois não querem deixar a família, os parentes, os amigos. A pessoa sai do lugar onde mora, ganha outra identidade, se desvincula", disse Simone Monai, assessora de imprensa da secretaria.
No entanto, segundo o deputado estadual Chico Alencar (PT-RJ), Geni e Andréa não ingressaram no programa por falta de vagas."O Pinaud sondou uma maneira de abrigá-las no quartel central. Mas elas têm filhos pequenos (cada uma tem três). Naturalmente, não toparam", disse.
Pedro Strozenberg, da direção da ONG Ação e Cidadania, informou que o programa tem capacidade para 60 pessoas - já incluindo os familiares das testemunhas -, mas que todas as vagas estão preenchidas.


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