|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Onda de "coolers" foi uma "bolha"
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem viveu a juventude nos
anos 80 deve se lembrar da febre
dos "coolers", misturas alcoólicas
à base de vinho que chegaram ao
mercado na época. No exterior,
elas surgiram como alternativas
para o público jovem e sem dinheiro. Nos países europeus, destilados e vinhos têm preços proibitivos, e as "coolers" buscavam aí
seu diferencial: eram baratas.
No Brasil, a situação era diferente. Aqui, destilados são baratíssimos e é vasta a linha de vinhos populares. Sem estratégia de marketing que diferenciasse os produtos, garantindo o interesse do
consumidor, a "onda" das coolers
foi "uma bolha".
Outro esforço importante para
a indústria foram as associações
de destilados com energéticos.
As "ices", por causa do preço,
conseguiram a aura de glamour e
sofisticação, ligaram-se com a
moda da música -e, por causa
dessa linha, fixaram-se no mercado, dizem especialistas do setor.
A Nielsen (empresa de pesquisa
de mercado) avalia que o crescimento rápido do mercado das
misturas deve-se principalmente
ao "fator novidade".
O setor das misturas entende
que o lançamento da Skol Beats,
da Ambev, tem relação com o
avanço das bebidas "ice". Desenvolvida com tecnologia para não
deixar um "sabor residual" (o
amargor) na boca, a cerveja vem
em uma garrafa ultramoderna.
A Ambev nega que o produto
tenha sido lançado para concorrer com o mercado das "ice".
De acordo com a assessoria de
imprensa da companhia, o alvo
"são as novas ocasiões para o consumo da cerveja".
Texto Anterior: Grandes empresas impulsionam fenômeno Próximo Texto: "Leveza" da bebida é atrativo Índice
|