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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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Onda de "coolers" foi uma "bolha"

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem viveu a juventude nos anos 80 deve se lembrar da febre dos "coolers", misturas alcoólicas à base de vinho que chegaram ao mercado na época. No exterior, elas surgiram como alternativas para o público jovem e sem dinheiro. Nos países europeus, destilados e vinhos têm preços proibitivos, e as "coolers" buscavam aí seu diferencial: eram baratas.
No Brasil, a situação era diferente. Aqui, destilados são baratíssimos e é vasta a linha de vinhos populares. Sem estratégia de marketing que diferenciasse os produtos, garantindo o interesse do consumidor, a "onda" das coolers foi "uma bolha".
Outro esforço importante para a indústria foram as associações de destilados com energéticos.
As "ices", por causa do preço, conseguiram a aura de glamour e sofisticação, ligaram-se com a moda da música -e, por causa dessa linha, fixaram-se no mercado, dizem especialistas do setor.
A Nielsen (empresa de pesquisa de mercado) avalia que o crescimento rápido do mercado das misturas deve-se principalmente ao "fator novidade".
O setor das misturas entende que o lançamento da Skol Beats, da Ambev, tem relação com o avanço das bebidas "ice". Desenvolvida com tecnologia para não deixar um "sabor residual" (o amargor) na boca, a cerveja vem em uma garrafa ultramoderna.
A Ambev nega que o produto tenha sido lançado para concorrer com o mercado das "ice".
De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, o alvo "são as novas ocasiões para o consumo da cerveja".


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