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Projetos priorizam preservação e recuperação
DA REPORTAGEM LOCAL
Tartarugas, baleias, peixes-boi,
plantas e aves da mata atlântica,
matas ciliares e manguezais são os
principais beneficiados pelos projetos ambientais das indústrias.
O mais antigo, e certamente o
mais conhecido, é o Tamar, patrocinado pela Petrobras há quase
23 anos.
O projeto, que estuda e busca
soluções para preservar as tartarugas marinhas, começou na Bahia e monitora hoje mil quilômetros de praia, em oito Estados.
O sucesso levou a Petrobras a
investir também no estudo das
baleias jubarte e na conscientização de turistas e moradores da região de Abrolhos (BA) para a sua
preservação.
Em Itamaracá (PE), a empresa
patrocina pesquisas sobre o peixe-boi e sua reprodução.
De acordo com Rui Fonseca, gerente de meio ambiente da Petrobras, depois do acidente que ocorreu na baía de Guanabara em
2000 (quando houve o derramamento de mais de mil litros de
óleo no oceano), toda a política
ambiental da empresa ganhou
mais força e se buscou também
uma maior interação com a comunidade, por meio de programas de educação ambiental.
Criadouro conservacionista
Igualmente preocupada com a
relação empresa/sociedade, a
Carbocloro recuperou uma parte
de sua área no pólo industrial de
Cubatão (Baixada Santista) e
criou uma reserva de 7.000 m2, reconhecida pelo Ibama como um
criadouro conservacionista, onde
vivem aves da mata atlântica. Todo ano, as espécies são fotografadas e ilustram um calendário.
A indústria se orgulha também
de já ter recebido mais de 50 mil
visitantes em sua fábrica.
"Tentamos mostrar para as pessoas, de uma forma que elas conseguem visualizar, o que verificamos tecnicamente: que somos
modelo em termos ambientais",
afirma o vice-presidente Mario
Cilento.
A mesma política de portas
abertas é adotada pela Solvay e
pela Rhodia.
Na fazenda que ocupa há 60
anos em Santo André (Grande
SP), a Solvay promove recuperação da mata ciliar e reutilização da
água do rio Grande.
A Rhodia tem programas de
educação ambiental na Baixada
Santista e convênios com a Unicamp para projetos em Paulínia
(126 km de São Paulo).
Já a Shell atua mais intensamente no Rio de Janeiro. Além de ter
patrocinado, até 1996, o Programa Mata Atlântica, do Jardim Botânico, mantém convênio com
entidades comunitárias para a recuperação da flora do manguezal
de Jequiá (um dos poucos que
restam na baía da Guanabara) e
de um terreno onde antes teve
uma área de tanques.
Está envolvida também num
projeto de monitoramento de baleias por satélite e implanta, desde
janeiro do ano passado, o Centro
de Informações do Centro de Referência em Educação Ambiental
do Parque Municipal Ecológico
de Marapendi (na Barra).
(MV)
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