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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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Projetos priorizam preservação e recuperação

DA REPORTAGEM LOCAL

Tartarugas, baleias, peixes-boi, plantas e aves da mata atlântica, matas ciliares e manguezais são os principais beneficiados pelos projetos ambientais das indústrias.
O mais antigo, e certamente o mais conhecido, é o Tamar, patrocinado pela Petrobras há quase 23 anos.
O projeto, que estuda e busca soluções para preservar as tartarugas marinhas, começou na Bahia e monitora hoje mil quilômetros de praia, em oito Estados.
O sucesso levou a Petrobras a investir também no estudo das baleias jubarte e na conscientização de turistas e moradores da região de Abrolhos (BA) para a sua preservação.
Em Itamaracá (PE), a empresa patrocina pesquisas sobre o peixe-boi e sua reprodução.
De acordo com Rui Fonseca, gerente de meio ambiente da Petrobras, depois do acidente que ocorreu na baía de Guanabara em 2000 (quando houve o derramamento de mais de mil litros de óleo no oceano), toda a política ambiental da empresa ganhou mais força e se buscou também uma maior interação com a comunidade, por meio de programas de educação ambiental.

Criadouro conservacionista
Igualmente preocupada com a relação empresa/sociedade, a Carbocloro recuperou uma parte de sua área no pólo industrial de Cubatão (Baixada Santista) e criou uma reserva de 7.000 m2, reconhecida pelo Ibama como um criadouro conservacionista, onde vivem aves da mata atlântica. Todo ano, as espécies são fotografadas e ilustram um calendário.
A indústria se orgulha também de já ter recebido mais de 50 mil visitantes em sua fábrica.
"Tentamos mostrar para as pessoas, de uma forma que elas conseguem visualizar, o que verificamos tecnicamente: que somos modelo em termos ambientais", afirma o vice-presidente Mario Cilento.
A mesma política de portas abertas é adotada pela Solvay e pela Rhodia.
Na fazenda que ocupa há 60 anos em Santo André (Grande SP), a Solvay promove recuperação da mata ciliar e reutilização da água do rio Grande.
A Rhodia tem programas de educação ambiental na Baixada Santista e convênios com a Unicamp para projetos em Paulínia (126 km de São Paulo).
Já a Shell atua mais intensamente no Rio de Janeiro. Além de ter patrocinado, até 1996, o Programa Mata Atlântica, do Jardim Botânico, mantém convênio com entidades comunitárias para a recuperação da flora do manguezal de Jequiá (um dos poucos que restam na baía da Guanabara) e de um terreno onde antes teve uma área de tanques.
Está envolvida também num projeto de monitoramento de baleias por satélite e implanta, desde janeiro do ano passado, o Centro de Informações do Centro de Referência em Educação Ambiental do Parque Municipal Ecológico de Marapendi (na Barra). (MV)



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