São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

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EDUCAÇÃO

Para Andifes, texto impede "mercantilização"

Proposta de reforma universitária obtém apoio de reitores das federais

LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após dois dias reunidos em Belo Horizonte (MG) para discutir o anteprojeto da reforma universitária apresentado pelo Ministério da Educação, reitores das universidades federais divulgaram ontem um documento em que se contrapõem à posição defendida por instituições particulares.
O conselho pleno da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) defende que a reforma universitária crie um marco regulatório para todo o sistema superior -público e privado-, não deixando que a normatização nas mãos do mercado.
"A Andifes concebe a educação como bem público, não podendo estar submetida ao mercado como instância normativa. Defende a educação superior como política de Estado, e o financiamento do sistema federal pela União (...)", afirma o texto da entidade.
No início do mês, representantes de mais de 140 entidades da rede privada pediram que o Ministério da Educação faça uma reforma apenas para o ensino federal e discuta separadamente as normas para as particulares.
Em um ponto particulares e federais convergem: querem mais tempo para discutir a proposta. O MEC já estendeu até o dia 28 a data para receber as sugestões.
O anteprojeto do governo redefine critérios para uma instituição ser considerada universidade, regulamenta a autonomia das federais e cria um conselho para a gestão das particulares, entre outros pontos. A íntegra está na internet (www.mec.gov.br/reforma).
O texto final seguirá para a Casa Civil e daí irá para o Congresso.


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