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EDUCAÇÃO
Para Andifes, texto impede "mercantilização"
Proposta de reforma universitária obtém apoio de reitores das federais
LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após dois dias reunidos em Belo Horizonte (MG) para discutir o
anteprojeto da reforma universitária apresentado pelo Ministério
da Educação, reitores das universidades federais divulgaram ontem um documento em que se
contrapõem à posição defendida
por instituições particulares.
O conselho pleno da Andifes
(Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais
de Ensino Superior) defende que
a reforma universitária crie um
marco regulatório para todo o sistema superior -público e privado-, não deixando que a normatização nas mãos do mercado.
"A Andifes concebe a educação
como bem público, não podendo
estar submetida ao mercado como instância normativa. Defende
a educação superior como política de Estado, e o financiamento
do sistema federal pela União
(...)", afirma o texto da entidade.
No início do mês, representantes de mais de 140 entidades da rede privada pediram que o Ministério da Educação faça uma reforma apenas para o ensino federal e
discuta separadamente as normas
para as particulares.
Em um ponto particulares e federais convergem: querem mais
tempo para discutir a proposta. O
MEC já estendeu até o dia 28 a data para receber as sugestões.
O anteprojeto do governo redefine critérios para uma instituição
ser considerada universidade, regulamenta a autonomia das federais e cria um conselho para a gestão das particulares, entre outros
pontos. A íntegra está na internet
(www.mec.gov.br/reforma).
O texto final seguirá para a Casa
Civil e daí irá para o Congresso.
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