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Ameaça de novos ataques deixa polícia em alerta
DA REPORTAGEM LOCAL
As polícias Civil e Militar de
São Paulo foram colocadas em
alerta na noite de ontem porque os serviços de inteligência
dos dois órgãos levantaram informações de que as forças de
segurança do Estado poderiam
ser novamente alvo de ataques
promovidos por integrantes da
facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
A Secretaria da Segurança
Pública, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou
que houve a intensificação do
policiamento no Estado.
A movimentação em todos os
batalhões da PM e Bombeiros,
delegacias e órgãos especializados da Polícia Civil foi tratada
no governo como "estado de
atenção". Barricadas e blitze
policiais ocorreram em diversos pontos da capital e cidades
do interior, principalmente na
região de Campinas (95 km de
SP) e de Presidente Prudente
(565 km da capital paulista),
áreas onde estão concentrados
vários dos 144 presídios de SP.
Ao mesmo tempo em que
confirmou o reforço nas ações,
a Segurança Pública afirmou
que os ataques não passavam
"de uma onda de boataria". Em
maio, julho e agosto de 2006, a
facção criminosa promoveu
três ondas de atentados. Somente entre 12 e 19 de maio, foram 373 ataques e 140 mortos,
entre agentes de segurança, civis e pessoas apontadas pelo
governo como criminosos.
No início da noite, os delegados responsáveis pelos 93 distritos policiais da capital e de
todos os departamentos especializados da Polícia Civil, bem
como comandantes de batalhões da PM, foram alertados.
Todos os oito delegados seccionais da capital (responsáveis
pelo comando da Polícia Civil
em áreas distintas da cidade) tiveram de ficar nas delegacias.
Por ordem do secretário da
Segurança Pública, Ronaldo
Marzagão, todos deveriam permanecer com seus telefones ligados, principalmente na madrugada de ontem para hoje. O
alerta valerá até segunda.
O "salve" (ordem para ataques) do PCC foi rastreado a
partir de escutas telefônicas em
telefones que estão em presídios na região oeste do Estado.
À noite, houve algumas ocorrências policiais. O tenente-coronel Paulo Telhada, comandante da PM na região central,
afirmou considerá-las "normais", e não como "ataques".
Policiais Militares perseguiram uma motocicleta com dois
suspeitos por 20 minutos na av.
23 de Maio e imediações. O veículo acabou interceptado na
rua dos Trilhos, na Mooca (zona leste), houve troca de tiros e
os dois homens -que carregavam uma pistola e um revólver- foram mortos pela PM.
Nas proximidades do Largo
da Concórdia, no Brás (centro),
um carro da Guarda Civil Metropolitana perseguiu um Gol
branco após ouvir um tiro. PMs
foram acionados, tentaram pará-lo, mas foram alvejados por
um tiro e não conseguiram detê-lo.
(AC, KT, LK e AI)
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