São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

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TESEO CRISTOFORI (1930-2011)

Italiano das travas e cilindros Pacri

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

A Segunda Guerra tirou do italiano Teseo Cristofori o pai, a mãe e dois irmãos. Disposto a achar um lugar melhor para viver após perdê-los, decidiu vir para o Brasil.
O rapaz da região da Bolonha chegou a SP ainda jovem, com um pouco de experiência por ter trabalhado numa firma de fechaduras.
Aqui, conheceu o conterrâneo Luigi Papaiz, que fundou em 1952 uma fábrica de fechaduras para a indústria de móveis. Teseo trabalhou para o amigo, até decidir tentar a vida na Venezuela.
Como as coisas não deram certo por lá, teve de voltar. Em 1957, com Luigi, ele criou a Pacri ("Pa" de Papaiz, "cri" de Cristofori), para fabricar peças que a Papaiz não fazia, como tampas de gasolina, travas e cilindros para carros.
A sociedade durou até 2001, quando Teseo continuou sozinho na firma. Apesar disso, foram amigos até 2003, ano da morte de Luigi.
Teseo, que chegou a morar na casa do amigo no começo, ficou muito abalado com o fato e arrependido de não ter ligado pela última vez para Luigi, por ter tido receio de incomodar o amigo doente.
Desde 1978, Teseo era casado com Irica, com quem teve duas filhas e dois netos.
Brincalhão em casa, era um patrão enérgico, às vezes nervoso, mas muito ligado aos funcionários. Dificilmente deixava a empresa, só quando tiravam férias coletivas. Aí, ia para Ubatuba (SP).
Adorava pescar e acompanhar os jogos do Palmeiras.
Desde 2007, tinha Alzheimer. Morreu na quinta, aos 80, após um infarto. A missa do sétimo dia será hoje, às 18h30, na paróquia do Santíssimo Sacramento, em SP.

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