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Coleta e análise corretas são essenciais
DA REPORTAGEM LOCAL
O exame papanicolaou é
uma boa forma para detectar
um câncer no colo do útero,
mas não é infalível.
Dois momentos são definitivos no processo: a coleta do
material e a análise feita no
laboratório.
De acordo com a médica
patologista Monica Stiepcich, do laboratório Fleury,
as taxas de falso negativo (resultado que não aponta a
doença), nos melhores serviços, varia de 3% a 20%.
"Sempre tem uma margem de erro. Por isso se faz
todo ano. Se o ginecologista
não raspar direito [para a coleta de material], vêm poucas
células e o exame pode dar
errado. Se a lâmina for lida
[analisada] por alguém inexperiente, a margem de erro
pode chegar a 50%. Muito
grande", afirma Nelson Valente Martins, oncoginecologista e professor da Unifesp.
Estimativas apontam que,
no Brasil, há cerca de 20 mil
casos de câncer de colo do
útero por ano. Desses, 10 mil
pacientes morrem.
"O papanicolaou não impede a pessoa de ter a doença, mas permite o diagnóstico muito precoce. Quando é
identificada a lesão precursora, que precede o câncer, a
cura é de 100% dos casos",
diz Martins.
Quando é diagnosticado
no começo, uma cauterização ou a retirada de um pedacinho do colo do útero já resolvem o problema. Ou seja,
a mulher é curada e mantém
seus órgãos reprodutores.
Como o tumor demora pelo menos dez anos para se
tornar agressivo e sintomático, a realização do exame
anualmente dá grande segurança para a paciente, uma
vez que mesmo que haja um
falso negativo, no ano seguinte o resultado deve
apontar o tumor.
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