São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2007

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Coleta e análise corretas são essenciais

DA REPORTAGEM LOCAL

O exame papanicolaou é uma boa forma para detectar um câncer no colo do útero, mas não é infalível.
Dois momentos são definitivos no processo: a coleta do material e a análise feita no laboratório.
De acordo com a médica patologista Monica Stiepcich, do laboratório Fleury, as taxas de falso negativo (resultado que não aponta a doença), nos melhores serviços, varia de 3% a 20%.
"Sempre tem uma margem de erro. Por isso se faz todo ano. Se o ginecologista não raspar direito [para a coleta de material], vêm poucas células e o exame pode dar errado. Se a lâmina for lida [analisada] por alguém inexperiente, a margem de erro pode chegar a 50%. Muito grande", afirma Nelson Valente Martins, oncoginecologista e professor da Unifesp.
Estimativas apontam que, no Brasil, há cerca de 20 mil casos de câncer de colo do útero por ano. Desses, 10 mil pacientes morrem.
"O papanicolaou não impede a pessoa de ter a doença, mas permite o diagnóstico muito precoce. Quando é identificada a lesão precursora, que precede o câncer, a cura é de 100% dos casos", diz Martins.
Quando é diagnosticado no começo, uma cauterização ou a retirada de um pedacinho do colo do útero já resolvem o problema. Ou seja, a mulher é curada e mantém seus órgãos reprodutores.
Como o tumor demora pelo menos dez anos para se tornar agressivo e sintomático, a realização do exame anualmente dá grande segurança para a paciente, uma vez que mesmo que haja um falso negativo, no ano seguinte o resultado deve apontar o tumor.


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