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Londrina rompe contrato de merenda
SP Alimentação é suspeita de fraude em licitações da cidade paranaense e também da capital paulista
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
O prefeito interino de Londrina (norte do PR), José Roque Neto (PTB), anunciou que
irá romper hoje contrato com a
empresa SP Alimentação para
fornecimento de merenda escolar. A Controladoria Geral do
Município enviou, na sexta, relatório ao Ministério Público
do Paraná pedindo a investigação de possíveis fraudes no
contrato de licitação.
A SP Alimentação é investigada na capital paulista também por suspeitas de fraude em
contratos com a prefeitura.
O contrato entre a Prefeitura
de Londrina e a SP Alimentação foi firmado em 2006, na administração de Nedson Micheleti (PT), no valor de R$ 10,4
milhões por três anos, com possibilidade de renovação. O secretário de Gestão Pública na
administração petista, Jacks
Dias, nega irregularidades.
A alegação para o rompimento do contrato está no suposto
mau fornecimento da merenda
escolar, com denúncias de carne estragada, frutas podres e
desrespeito ao cardápio estipulado em contrato. O relatório
foi elaborado por uma comissão nomeada pelo prefeito e enviado na sexta ao Ministério
Público do Paraná.
Presidente da Câmara Municipal, Roque Neto ocupa o cargo de prefeito até que seja realizado um "terceiro turno" em
Londrina, previsto para o final
deste mês. O vencedor da eleição municipal no ano passado,
Antônio Belinati (PP), teve sua
candidatura impugnada pela
Justiça Eleitoral.
Milson Ciríaco Dias, controlador-geral do município, disse
que na análise do contrato encontrou diversos ""equívocos"
na elaboração da planilha de
custos da empresa terceirizada.
Segundo Dias, a reserva para
pagamento do FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço)
dos funcionários da terceirizada foi superestimada. Apesar
de a CPMF ter sido extinta, há
provisão para despesas com essa cobrança. O problema mais
grave no contrato, segundo
Dias, é a rubrica "despesas com
manutenção e reposição de
equipamentos". Consultoria
contratada pelo próprio município indica que a verba anual é
tão alta que daria para comprar
equipamentos novos todo ano.
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