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Nove morrem em ação do Bope; coronel diz que PM do Rio é "o melhor inseticida social"
MALU TOLEDO
DA SUCURSAL DO RIO
Em operação classificada por
coronel da Polícia Militar como
"inseticida social", nove supostos traficantes foram mortos
ontem durante incursão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) na Vila Cruzeiro, na
Penha (zona norte). Quatorze
homens foram presos e seis ficaram feridos no confronto.
A operação com 180 homens
foi comandada pelo Bope, que
manteve parte do efetivo na favela. "Amanhã [hoje] o pau na
vagabundagem continua", disse o comandante de Policiamento da Capital, coronel Marcus Jardim. "A PM é o melhor
inseticida contra a dengue. Conhece aquele produto, [inseticida] SBP? Tem o SBPM. Não
fica mosquito nenhum em pé. A
PM é o melhor inseticida social", disse, rindo.
Um dos objetivos da operação, segundo a PM, era destruir
barricadas feitas pelo tráfico. O
16º Batalhão da PM (Olaria),
responsável pelo patrulhamento da área, teria recebido queixas de moradores que encontraram dificuldades para levar
familiares a hospitais para tratar de doenças como a dengue.
"O objetivo era desobstruir
esse acesso principalmente em
razão da dengue. As pessoas estão com dificuldade para procurar ajuda no Hospital Getúlio
Vargas e na tenda de hidratação", disse o comandante-geral
da PM, coronel Gilson Pitta.
A polícia tinha ainda como
objetivo cumprir "cerca de" 15
mandados de prisão e localizar
pontos de venda de drogas. O
Comando Vermelho comanda
as bocas de fumo na região.
O secretário de Segurança,
José Mariano Beltrame, afirmou que os nove mortos na
operação não se renderam e
reagiram à ação da PM.
"Quem quiser se render -e
deve se render- é preso. Aqueles que resistiram de maneira
injusta à atuação da PM, aconteceu o que aconteceu [foram
mortos]", disse.
Foram apreendidos na Vila
Cruzeiro uma metralhadora,
cinco pistolas, três fuzis, uma
submetralhadoras e cinco granadas, além de drogas.
A operação começou por volta das 9h com cem homens do
Bope com rostos pintados de
preto. Segundo a polícia, foram
retiradas barricadas em cinco
ruas. Oito escolas foram fechadas durante a troca de tiros.
Quatorze homens foram presos no depósito de um supermercado na região. Entre eles
está um homem identificado
pela polícia apenas como Chininha. Segundo agentes, ele seria o responsável pela morte do
policial do Bope Wilson Santana, em 3 de maio.
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