São Paulo, quinta-feira, 16 de abril de 2009

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TSUYOSHI OTA (1934-2009)

Sua fama no beisebol não era um ideal

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

No navio que trazia aquele grupo de japoneses ao país, no fim da década de 50, correu o zunzunzum de que o arremessador do Kintetsu Buffaloes, time da liga profissional de beisebol do Japão, estava entre os passageiros.
Tsuyoshi Ota, que cresceu no norte de seu país buscando abrigo sob mesas quando sirenes alertavam para a ameaça de ataques aéreos, desembarcou com o grupo.
Formado em economia, veio treinar a equipe de beisebol de uma empresa japonesa que abria uma filial no PR. Após dois anos, a firma fechou, e Tsuyoshi mudou-se para Mogi das Cruzes, onde continuou treinando.
Segundo o filho Nilton, seu pai chegou a treinar a seleção brasileira no Pan-Americano em São Paulo, em 1963.
Como nunca quis seguir na área, e já decidido a ficar no Brasil, abandonou o esporte.
Em 1968, com dois filhos, ficou viúvo da primeira mulher. No ano seguinte veio para SP, onde vendeu teares por um tempo. Nos meses difíceis, na Liberdade, apostava no mahjong, um jogo estratégico que lembra o dominó.
Em 1973, começou numa empresa japonesa têxtil e, nela, aposentou-se, em 2003. Muito reservado, falava pouco sobre o passado, pois achava que a fama que teve como jogador não deveria servir aos filhos como ideal.
Na quinta, 2, morreu de problemas cardíacos, aos 74. Deixa viúva, quatro filhos e duas netas. Em 9 de maio, haverá um culto budista em sua memória, às 11h20, no templo Nishi Honganji, na Praça da Árvore, em SP.
obituario@grupofolha.com.br


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