São Paulo, domingo, 16 de maio de 2004

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Prefeitura elabora novo conceito de móveis escolares

DA REPORTAGEM GERAL

"O mobiliário não deve ser apenas um suporte para o corpo, mas algo que interfira no processo pedagógico e nas relações entre as pessoas." A frase, da arquiteta Bia Goulart, resume o conceito de sala de aula que a Secretaria Municipal da Educação quer implantar.
Bia Goulart faz parte de uma equipe que vem experimentando novos conceitos de mobiliário. "Começamos questionando o espaço educativo, de forma que pudesse ir além da sala de aula, saindo para o jardim e para o pátio." A sala de aula continua sendo um espaço de cadeiras, mesas ou carteiras, e um quadro-negro. "Um espaço repressivo onde, no máximo, conseguiram substituir as fileiras por círculos de carteira."
A primeira preocupação é relacionada às crianças de zero a seis anos, alterando os objetos que interferem na vida delas. Por exemplo, o cadeirão, onde a criança é colocada na hora da comida, obriga o funcionário a permanecer em pé e seus olhos ficam acima dos olhos da criança. "A tendência é que ele ofereça a comida mais rapidamente do que deveria."
A equipe criou um cadeirão baixo, do qual a criança pode sair sozinha. Outra novidade é a substituição do berço por um espaço que aproxime as crianças. "São mudanças importantes, por isso a comunidade está sendo ouvida", diz a arquiteta.
A cidade já teve outra atitude diferenciada ao aprovar a "lei das mochilas", que limita o peso do acessório a 10% do peso da criança. "A mochila de um aluno de 30 quilos não poderá pesar mais que três quilos", explica Marívia Torelli, da diretoria de orientação técnica da Secretaria Municipal da Educação. (AB)


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