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Chaui pede fim da "privatização" no ensino superior ao assumir vaga
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A filósofa e professora da USP
(Universidade de São Paulo) Marilena Chaui afirmou ontem, ao
tomar posse no Conselho Nacional de Educação, em Brasília, que
é preciso "desfazer a privatização" do ensino superior e o modelo universitário que julga excludente e voltado para o mercado.
Última a assumir dos seis novos
conselheiros da Câmara de Educação Superior do CNE, Chaui defenderá a universidade "pública,
gratuita e republicana". "Há muita coisa a ser desfeita, refeita e feita", disse, citando "a privatização
do ensino e a quantidade enorme
de cursos que não poderiam estar
funcionando e funcionam". "Não
será fácil, será uma batalha."
A nomeação dos novos conselheiros das câmaras de Educação
Básica e Superior, cada uma com
12 membros, foi publicada no fim
de abril, mais de um mês após o
previsto, por indefinição no Palácio do Planalto. Na posse, no início de maio, Chaui estava no exterior. Ela integra grupo de professores da USP que criou documento, no fim de 2003, com propostas
para a reforma universitária.
Segundo a professora, há privatização, inclusive, dentro das entidades públicas. Citou as fundações, que oferecem cursos de extensão pagos pelos alunos, com
instalações e professores mantidos com verba pública.
Durante a posse, o ministro da
Educação, Tarso Genro, apresentou aos conselheiros do CNE a
proposta de trocar parte da dívida
de países em desenvolvimento
por investimentos em educação.
Aprovada por unanimidade na
semana passada pelos ministros
da Educação do Mercosul, a idéia
argentina será discutida pelos
presidentes dos países em julho.
Segundo Tarso, parte dos juros
e serviços da dívida seria negociada entre os credores e devedores
para aplicação direta em projetos
educacionais, a fundo perdido.
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