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Brasileira é acusada de prostituição de luxo nos EUA
Andréia Schwartz foi presa sob a suspeita de explorar garotas de programa; Cláudia de Castro, outra brasileira, também foi detida
Segundo a polícia de Nova York, a capixaba teria afirmado em depoimento que lucrou US$ 1,5 milhão desde 2001 com o negócio
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK
A capixaba Andréia
Schwartz, 31, foi presa pela polícia dos Estados Unidos sob
acusação de proxenetismo (exploração da prostituição), posse de drogas e lavagem de dinheiro numa suposta rede de
prostituição de luxo.
A prisão de Andréia ocorreu
no dia 2 de junho, em Nova
York. Anteontem, outra brasileira, Cláudia de Castro, de origem e idade não informadas pela polícia, foi presa na portaria
do prédio de Andréia.
De acordo com registros do
depoimento, Andréia teria dito
à polícia que liderava a rede de
prostituição havia um ano e
meio, mas teria lucrado US$ 1,5
milhão (R$ 3,42 milhões) desde
2001. O valor do programa com
as garotas variava de US$ 700
(R$ 1.600) a US$ 1.500 (R$
3.420). Ou US$ 2.000 (R$
4.560), se fosse realizado com
duas garotas. A prostituição é
crime nos Estados Unidos, com
pena de um ano.
Ela ainda é acusada pela promotoria de tentar comprar,
com suposto dinheiro ilegal
que pertenceria a um grupo de
investidores italianos, um andar inteiro no hotel Plaza (localizado na Quinta Avenida com
rua 59). O lugar está fechado
para reforma até o mês de outubro de 2007, quando deve reabrir como flat.
Ainda de acordo com a polícia de Nova York, a brasileira
teria confessado que fornecia
cocaína aos clientes. A pena
nesses casos varia de 15 anos a
prisão perpétua, a depender da
quantidade de droga que foi
apreendida.
O advogado de Andréia nega
as acusações (leia texto nesta
página). Por se tratar de delitos
graves nos Estados Unidos, a
Justiça recusou o pedido de liberdade mediante o pagamento de uma fiança.
"Não me considero uma traficante. Apenas fornecia drogas
aos meu clientes", teria dito a
capixaba, segundo relatos feitos pela polícia americana.
Andréia foi detida no condomínio de alto padrão onde morava em Manhattan, na esquina
da rua 58 com a Sexta Avenida,
a uma quadra do Central Park e
a duas do Time Warner Center,
em Columbus Circle.
Dois policiais à paisana procuraram a brasileira há uma semana em busca de sexo e cocaína. A brasileira teria mostrado
a eles um catálogo com fotos de
garotas de programas. Foi presa em flagrante.
Financiamento
A região da suposta casa de
prostituição é das mais caras da
ilha. A imobiliária que administra o edifício diz que um apartamento de dois quartos, como o
da brasileira, custa entre US$
1,2 milhão (R$ 2,73 milhões) e
US$ 3 milhões (R$ 6,84 milhões). Para comprar qualquer
imóvel em Manhattan, é necessário que o novo morador seja
aprovado pelos condôminos
em assembléia.
"Todo o dinheiro que ganhei
na prostituição uso para pagar
o financiamento do meu apartamento", afirmou Andréia em
depoimento à polícia.
A história virou sensação nos
jornais populares e em programas de televisão americanos. A
rede ABC instalou uma torre
móvel de transmissão em frente ao prédio dela. Outro tablóide fazia trocadilho na primeira
página com "Million Dollar
Baby", título original do filme
"Menina de Ouro", de Clint
Eastwood.
A brasileira, Cláudia de Castro foi presa na portaria do prédio de Andréia. Ela não tem advogado e, até a conclusão desta
edição, tentava pagar fiança de
US$ 1.000 (R$ 2.280) para responder ao processo em liberdade. Ela estaria vivendo ilegalmente nos EUA.
A Folha apurou que a prisão
de Cláudia foi tramada. Após
receber orientação para ir ao
apartamento de Andréia e buscar objetos pessoais, a polícia
armou o flagrante.
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