São Paulo, terça-feira, 16 de junho de 2009 |
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Diretores da USP lançam manifesto em apoio à reitora
Documento é assinado por 38 dirigentes de unidades da universidade e pede entendimento sobre direito de greve
Trinta e oito dirigentes de
unidades da USP (de um total
de 41 dedicadas ao ensino e à
pesquisa) subscreveram ontem
um manifesto em que reiteram
"total apoio à reitora no desempenho de seu papel institucional". No mesmo texto, conclamaram "toda a comunidade
universitária ao entendimento
em torno do respeito ao direito
de greve e da livre expressão de
ideias, refutando qualquer tipo
de violência, seja por grevistas
ou por policiais".
O manifesto foi divulgado
seis dias depois dos violentos
confrontos entre a PM -de um
lado- e docentes, alunos e funcionários -de outro-, no dia 9,
em pleno campus da USP no
Butantã (zona oeste), e que deixaram dez feridos.
No dia seguinte ao episódio,
assembleia da Adusp (associação de docentes) aprovou por
unanimidade a exigência de renúncia da reitora Suely Vilela, a
quem responsabilizou pelo conflito. Mesma exigência das entidades de alunos e funcionários.
Segundo Vilela, a presença da
PM no campus objetivou "o
equilíbrio entre o direito de
greve e o direito de ir e vir das
pessoas". Ela pediu na Justiça a
reintegração de posse de oito
edifícios da USP, "cujos acessos
estavam obstruídos".
O texto dos diretores percorre a mesma linha. Enfatiza que
"as manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas devem preservar o acesso ao
trabalho, sem causar ameaça
ou dano às pessoas ou ao patrimônio público, como os que geraram (...) a necessidade das
ações judiciais de reintegração
de posse e a subsequente presença da polícia no campus".
Entre os dirigentes que não
subscreveram o manifesto divulgado está Sandra Margarida
Nitrini, diretora da Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas, que emitiu comunicado próprio, com teor bem
mais crítico à atuação da PM.
Segundo o texto, "mesmo
com a tentativa de mediação da
direção da FFLCH junto ao comandante (...) da PM, bombas
de efeito moral foram atiradas
sobre o estacionamento do prédio de Geografia e História,
tendo seus gases invadido o
edifício, onde se encontravam
muitos professores, alunos e
funcionários. (...) Inquieta-nos
o fato de ser a primeira agressão direta sofrida pela faculdade desde 1968". Também não
assinaram os diretores da Escola de Comunicações e da Faculdade de Educação.
Veja a lista completa de dirigentes que apoiam a reitora da USP www.folha.com.br/091668 Texto Anterior: USP gasta 87% das receitas com salários e aposentadorias Próximo Texto: TRT revoga decisão favorável a sindicalista Índice |
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