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Juíza pede mais de cem depoimentos
MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça da França solicitou que o governo brasileiro tome o depoimento
de pelo menos cem pessoas que tiveram alguma
relação com a queda do
Airbus da Air France.
O pedido é assinado pela
juíza federal Sylvia Zimmerman, que atua na Suprema Corte francesa. Ela
preside as investigações
sobre as mortes no acidente da Air France.
A juíza pede que a Justiça Federal brasileira ouça
os pilotos da TAM de um
voo Paris-Rio que avistaram focos luminosos a cerca de 1.300 km de Fernando de Noronha (PE) logo
após o momento estimado
da queda do Airbus e em
área coincidente com a de
onde o avião teria enviado
o último sinal de localização ao controle aéreo.
A juíza solicita também
que o governo brasileiro
interrogue o chefe da Air
France no Rio e os responsáveis na cidade pela manutenção dos jatos.
A França quer ainda que
a Justiça brasileira ouça as
tripulações dos aviões que
avistaram os primeiros
destroços e dos navios que
fizeram os resgates.
Solicita também a preservação das peças resgatadas no mar e que policiais franceses acompanhem os depoimentos.
Este último procedimento não é usual, segundo dois integrantes do governo brasileiro, que falaram à Folha sob a condição de que seus nomes não
fossem citados.
O governo brasileiro,
porém, deve autorizar que
a polícia francesa acompanhe as investigações, para
que não haja dúvidas sobre os procedimentos.
A juíza francesa não dá
prazo para que as solicitações sejam atendidas, mas
pede "urgência" no envio
das informações.
Pelo modo como a juíza
pediu a preservação das
peças, é quase certo que
ela requisitará o envio delas à França, pois o acidente ocorreu em área sob jurisdição brasileira.
A juíza pede também
que seja ouvido o controlador do espaço aéreo, baseado em Recife, que fez o
último contato com a aeronave da Air France.
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