São Paulo, quarta-feira, 16 de junho de 2010

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SP terá primeiro hospital só de UTIs do país

Unifesp construirá uma unidade exclusiva para atendimento de traumatismos graves

EVANDRO SPINELLI
TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O futuro bairro universitário de São Paulo, na Vila Clementino (zona sul de SP), terá o primeiro hospital do país para atendimento exclusivo de urgência de traumatismos graves em UTIs.
"Muitos países têm e no Brasil não existe isso. Nós vamos criar o primeiro hospital desse tipo aqui, em parceria com prefeitura, Estado e governo federal", disse o reitor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Walter Manna Albertoni.
A Unifesp vai construir cinco prédios na região onde hoje já fica o campus da instituição, um investimento total de R$ 120 milhões para os próximos cinco anos.
Só neste ano já foram gastos R$ 18 milhões para a compra de um prédio e outros R$ 4 milhões serão usados na adaptação do imóvel.

ADAPTAÇÃO
Um dos edifícios construídos deve ser adaptado para o novo hospital equipado exclusivamente com UTIs, onde, segundo Walter Albertoni, a arquitetura do imóvel será preparada para atendimentos de urgência de traumatismos graves.
De acordo com ele, a ambulância entra no prédio e estaciona em área bem próxima à UTI, para agilizar o atendimento. E, quando o paciente não precisa mais da terapia intensiva, ele é transferido para outro hospital.
"Vivemos praticamente uma catástrofe permanente em São Paulo, com as motos e as armas [de fogo]. E se acontece uma catástrofe como a de um avião cair em Moema, precisamos ter um hospital preparado para isso", afirmou o reitor, lembrando do acidente com o avião da TAM em Congonhas em julho de 2007.
O projeto para o bairro universitário foi apresentado ontem na Unifesp. A maior parte das obras ficará a cargo da própria universidade. A prefeitura fará apenas a reforma de calçadas nas ruas Pedro de Toledo e Borges Lagoa.
Hoje, a Unifesp usa 250 casas em todo o bairro, que serão desativadas e, na maioria dos casos, demolidas para a construção de praças e áreas verdes. Alguns desses imóveis serão desapropriados pela universidade.
A Unifesp pretende disponibilizar também, em todo o bairro, uma rede de internet sem fio para os moradores.
Não há prazo para a conclusão das obras. "O mais importante não é o prazo, é o ritmo: começamos agora e não podemos parar mais", disse o reitor.


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