|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Empresas aéreas desrespeitam novos direitos de clientes
Diante de atrasos e cancelamentos, TAM e Gol não conseguiam nem informar clientes sobre novas regras
Passageira só consegue alimentação após falar com 3 funcionários; empresas dizem que instruíram equipes
RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO
Foi dura a vida do passageiro que procurou se informar sobre seus novos direitos no aeroporto de Guarulhos ontem, segundo dia em
vigor da nova regra da Anac
(Agência Nacional de Aviação Civil) para atrasos e cancelamentos de voos.
Num dia em que 40% dos
voos atrasaram em consequência da neblina em São
Paulo, funcionários das companhias aéreas TAM e Gol
não sabiam elucidar as dúvidas mais básicas e desrespeitaram os novos direitos dos
clientes.
Também não havia folhetos para os passageiros, item
obrigatório de acordo com a
norma, criada em março.
A resolução 141 obriga as
empresas, por exemplo, a
oferecerem facilidades de comunicação -telefone ou internet- aos clientes após
atraso de uma hora.
Se o voo atrasar duas horas, a companhia precisa fornecer alimentação. Quatro
horas de espera devem garantir ao passageiro acomodação em sala vip ou hotel.
Até as 13h de ontem,
a Anac de Guarulhos havia
recebido dez reclamações
de clientes. Anteontem, foram duas.
OVERBOOKING
Com a viagem cancelada
por overbooking (quando a
empresa vende mais assentos do que a capacidade do
avião), a advogada Ádala
Buzzi, 26, só obteve um vale
de R$ 30 para almoçar após
falar com três funcionários
no balcão da TAM.
Segundo a advogada
-que foi para Natal com
mais de seis horas de atraso e
em um voo com escala -, só
o supervisor da empresa conhecia a nova regra.
SEM TRANSPORTE
No balcão da Gol, por volta
do meio-dia, um casal que
havia perdido a conexão para Belo Horizonte reclamava
de não ter sido reacomodado
em outro voo.
Uma funcionária da companhia aérea dizia que a única opção era embarcar no aeroporto de Congonhas, no final da tarde.
Informado pela Folha do
direito de viajar por outra
companhia aérea, o casal insistiu. Só então a funcionária
mencionou a possibilidade
-mas não ofereceu alimentação nem transporte, como
é previsto pela norma.
Texto Anterior: Foco: Shopping faz alerta sobre uso de Crocs em escadas rolantes Próximo Texto: Foco: mpresas dizem ter instruído funcionários Índice
|