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Governo de PE pune professores em greve
Recesso escolar de julho foi suspenso e haverá corte do ponto dos cerca de 30 mil professores parados
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O governo de Pernambuco
suspendeu o recesso escolar de
julho e anunciou o corte do
ponto dos cerca de 30 mil professores da rede estadual, em
greve desde o dia 11 de junho
por melhores salários.
A medida foi tomada em resposta à decisão dos educadores
de manter a paralisação por
tempo indeterminado. Por
meio de portaria, o governo determinou também o reinício
das aulas, hoje, no interior do
Estado, e amanhã, na região
metropolitana de Recife.
A rede estadual tem 1 milhão
de alunos em 1.107 escolas.
Em comunicado publicado
no fim de semana nos jornais
do Estado, o governo afirma
que "não permitirá que a incompreensão comprometa o
futuro da nossa juventude" e
diz que sua decisão tem respaldo na Justiça, que decretou a
greve ilegal no último dia 7.
Os professores e servidores
administrativos da educação
reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial de 16%. Também querem
que os salários-base inferiores
a um mínimo mensal sejam
elevados para R$ 380.
Segundo a vice-presidente do
Sindicato dos Trabalhadores
em Educação de Pernambuco,
Antonieta Trindade, o salário-base mensal de um professor
por 30 horas-aula semanais é
de R$ 253. Pelo mesmo período, afirmou, o servidor administrativo recebe R$ 203 e o auxiliar, R$ 177.
Em seu comunicado, o governo diz que propôs a "implementação retroativa de um plano de cargos e salários que se
encontrava engavetado há mais
de oito anos" e que o "acatamento, praticamente na íntegra, das principais propostas"
apresentadas pelos grevistas
resultaria em um incremento
na folha salarial da educação de
R$ 26 milhões este ano e de R$
50 milhões em 2008.
A decisão do governo será
discutida pelos professores em
assembléia, na quarta-feira.
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