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Bar proíbe camisa de times
para evitar briga de torcida
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
Para evitar confrontos de
torcida como o de anteontem, em que corintianos e
são-paulinos provocaram
cenas de terror e correria nas
imediações do Parque São
Jorge, bares começam a
proibir camisas de time.
No Diquinta, na Vila Leopoldina (zona oeste), o dono
é corintiano e, se pudesse, só
deixaria camisas do seu time
entrar. Todos os dias, inclusive nos em que há jogos, o
uniforme é neutro. Entra somente o modelo da seleção.
"O São Paulo foi campeão,
e outro dia veio um monte de
são-paulino trajado. Foi chato para caramba. Os corintianos não gostaram, os palmeirenses vaiaram. Aí decidi
que não quero mais nada. Dá
confusão", explica o dono,
Francisco Cândido, 46.
E o que acontece com os
freqüentadores e torcedores
desavisados?
Quem desconhece a norma da casa não é barrado.
Um camisa do bar, sem alusões ao futebol, é emprestada ao freguês, que é convidado a trocar de roupa ali mesmo. Mas atenção: "a camiseta não é brinde", alerta Cândido. É preciso devolver o
"empréstimo" na saída.
Seleção
Partidas dos campeonatos
nacionais estão banidas do
Diquinta. Hoje, só jogos da
seleção brasileira são transmitidos. Mas se algum torcedor estrangeiro quiser assistir a um jogo? Ontem Brasil e
Argentina jogaram a final da
Copa América. "Aí pode, mas
nunca tive essa experiência",
explica Cândido.
E já teve briga para valer?
"Nunca teve desentendimento sério. Quase chegou
nisso, mas era uma questão
de tempo. Imagina se todo
mundo resolvesse pirar? Aí
tem vaia, as pessoas se separam, dava um clima. E com
álcool na cabeça...", justifica.
No incidente com os são-paulinos, conta Cândido,
200 torcedores cantavam o
hino tricolor. "Doeu meu coração", brinca o proprietário.
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