São Paulo, sábado, 16 de julho de 2011

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Polícia paulista tem prendido mais, afirma secretário

Titular da Administração Penitenciária diz que resistência de municípios em receber cadeias barra ampliação de vagas

Segundo ele, apesar da superpopulação, o "cadeião de Pinheiros" funciona dentro dos limites de segurança

DE SÃO PAULO

Para o secretário Lourival Gomes, da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, a superpopulação carcerária é reflexo da atual política de segurança e da falta de colaboração de municípios que resistem em receber prisões.
"Como as polícias Militar e Civil têm combatido mais os criminosos no Estado, é natural que mais pessoas sejam presas", afirma o secretário.
"Se os índices da violência têm caído no Estado, a população carcerária aumenta. Além disso, enfrentamos resistências de várias prefeituras que se recusam a receber novos presídios. Mesmo assim, apesar de cheio, Pinheiros está sob controle", diz.
Segundo ele, o complexo de Pinheiros funciona dentro dos limites de segurança.
"São quatro unidades distintas, que funcionam uma independente da outra. Assim como ocorre em todas as unidades, também usamos o setor de inteligência para nos antecipar sobre possíveis problemas em Pinheiros."
Em maio, segundo Gomes, 970 detentos condenados que estavam nos CDPs de Pinheiros foram transferidos.
Hoje, 11 novas prisões estão em construção. Quando não sofre ações judiciais para impedir a obra, normalmente movida pela prefeitura de onde vai ser instalada, uma penitenciária leva, em média, 11 meses para ficar pronta, afirma Gomes.
A secretaria e o Tribunal de Justiça têm realizado uma revisão penal para descobrir quem e quantos são os presos que têm direito de progredir de regime nas 149 prisões.


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