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INVASÕES
Grupos terão de deixar imóveis
Os sem-teto do centro estão agora sem destino
DA REPORTAGEM LOCAL
A coordenação do Movimento
Sem Teto do Centro (MSTC) ainda não sabe para onde levar os
sem-teto que participaram de
uma série de invasões a prédios
do centro de São Paulo deflagrada
no final de julho.
A Justiça já concedeu a reintegração de posse do antigo hotel
Santos Dumont, na rua Mauá, invadido por 600 sem-teto. Na próxima semana, vence o prazo para
a desocupação de um edifício residencial na rua Aurora. A permanência de 208 famílias em um terreno na zona leste, cedido pelo
governo do Estado, está garantida
só até o dia 29.
Desde as invasões, as famílias
que estão nesse terreno já passaram por três lugares: retiradas do
antigo hotel Danúbio (na av. Brigadeiro Luís Antônio), acamparam na frente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São
Paulo), até serem alojadas na zona leste, em uma área onde havia
apenas um circo abandonado.
A situação no terreno ficou
mais difícil depois que os sem-teto ficaram sem água. Ela era retirada de uma favela próxima, mas
o uso excessivo levou à falta de
água na favela União. A luz é fornecida por um bar das proximidades, cujo dono, segundo o
coordenador do movimento, Hamilton Silvio de Souza, aceitou receber R$ 100 por 30 dias de consumo de "três bicos de luz".
Segundo Souza, a ajuda da
CDHU se restringiu a barracas e
banheiros químicos. Por causa do
frio dos últimos dias, muitas
crianças estão com dor de ouvido.
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