São Paulo, segunda-feira, 16 de agosto de 2004

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Centros acadêmicos não apóiam candidatos

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar dos 12 anos sem competição nas eleições para a reitoria da PUC, os três candidatos que hoje começam a disputar o cargo não têm feito muito sucesso entre os alunos de seus próprios cursos -ao menos entre os que integram os centros acadêmicos.
Os estudantes de ciências sociais, curso do qual Maura Véras é professora, e os de serviço social, no qual trabalha Aldaíza Sposati, resolveram não apoiar suas docentes. E começaram uma campanha pelo voto nulo.
A campanha havia sido combinada pelo conselho de centros universitários da PUC-SP em reunião na semana passada.
Em um novo encontro, entretanto, apenas uma parte, composta principalmente pelos estudantes dos centros de ciências sociais, serviço social e psicologia, ficou a favor do voto nulo. Os demais optaram por não declarar apoio a nenhum candidato.
Segundo uma diretora do centro acadêmico de psicologia que preferiu não se identificar, a opção pelo voto nulo é uma forma de "politizar de forma crítica" a eleição, a estrutura de poder da universidade e, até, a necessidade de um reitor. De acordo com ela, outro motivo é o fato de os três candidatos serem favoráveis ao pagamento da dívida, considerada por ela como "impagável".
Já o centro acadêmico 22 de Agosto, do direito, espalhou faixas pelo campus Monte Alegre informando que não apóia o atual diretor da unidade responsável pelo curso, Dirceu de Mello.
O apoio a Mello, entretanto, acabou gerando um conflito entre as próprias organizações dos alunos de direito. Ao lado das faixas do centro acadêmico, há outras espalhadas pela associação atlética do mesmo curso dizendo apoiar o diretor.
"Muitas das coisas que ele prometeu fazer como diretor da unidade não fez. Ele não tem nenhuma proposta acadêmica para a universidade, apenas financeira, como se, resolvendo o problema de dinheiro, automaticamente estariam solucionados todos os problemas da faculdade. Por isso quisemos desmistificar a vinculação dos alunos de direito com o diretor da faculdade. Corremos para dizer que não o apoiamos, mas não demos apoio a nenhuma das outras duas", disse Bruno Andrioli Galvão, vice-presidente do centro acadêmico 22 de Agosto.

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