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Centros acadêmicos não apóiam candidatos
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar dos 12 anos sem competição nas eleições para a reitoria
da PUC, os três candidatos que
hoje começam a disputar o cargo
não têm feito muito sucesso entre
os alunos de seus próprios cursos
-ao menos entre os que integram os centros acadêmicos.
Os estudantes de ciências sociais, curso do qual Maura Véras é
professora, e os de serviço social,
no qual trabalha Aldaíza Sposati,
resolveram não apoiar suas docentes. E começaram uma campanha pelo voto nulo.
A campanha havia sido combinada pelo conselho de centros
universitários da PUC-SP em reunião na semana passada.
Em um novo encontro, entretanto, apenas uma parte, composta principalmente pelos estudantes dos centros de ciências sociais,
serviço social e psicologia, ficou a
favor do voto nulo. Os demais optaram por não declarar apoio a
nenhum candidato.
Segundo uma diretora do centro acadêmico de psicologia que
preferiu não se identificar, a opção pelo voto nulo é uma forma
de "politizar de forma crítica" a
eleição, a estrutura de poder da
universidade e, até, a necessidade
de um reitor. De acordo com ela,
outro motivo é o fato de os três
candidatos serem favoráveis ao
pagamento da dívida, considerada por ela como "impagável".
Já o centro acadêmico 22 de
Agosto, do direito, espalhou faixas pelo campus Monte Alegre informando que não apóia o atual
diretor da unidade responsável
pelo curso, Dirceu de Mello.
O apoio a Mello, entretanto,
acabou gerando um conflito entre
as próprias organizações dos alunos de direito. Ao lado das faixas
do centro acadêmico, há outras
espalhadas pela associação atlética do mesmo curso dizendo
apoiar o diretor.
"Muitas das coisas que ele prometeu fazer como diretor da unidade não fez. Ele não tem nenhuma proposta acadêmica para a
universidade, apenas financeira,
como se, resolvendo o problema
de dinheiro, automaticamente estariam solucionados todos os
problemas da faculdade. Por isso
quisemos desmistificar a vinculação dos alunos de direito com o
diretor da faculdade. Corremos
para dizer que não o apoiamos,
mas não demos apoio a nenhuma
das outras duas", disse Bruno Andrioli Galvão, vice-presidente do
centro acadêmico 22 de Agosto.
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