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DIRCEU DE MELLO
Para Mello, a atual
direção é "amadora"
DA REPORTAGEM LOCAL
Dirceu de Mello sugere aumentar oferta em certos cursos e reduzir mensalidades para reequilibrar finanças da PUC.
Folha - Em que aspectos a sua
proposta para a reitoria rompe
com a atual administração?
Dirceu de Mello - A minha crítica
se coloca no plano administrativo. Hoje, tendo em vista a concorrência que existe, a administração
tem de ser profissional. Parece
que essa universidade tem sido
dirigida de forma amadorística
porque não chegou aos resultados
que esperávamos. Vendo as outras universidades prosperando,
crescendo, expandindo seus campi, e comparando com a situação
da nossa, concluo que essa não é
uma administração profissional.
Folha - Em seu documento de diretrizes gerais, o senhor sugere a
ampliação de vagas em cursos de
maior demanda para solucionar a
crise financeira. O que seria feito
com os cursos menos procurados?
Mello - Esse programa foi apresentado no momento em que registrei a campanha e não conhecia
todas as dificuldades da universidade. Ali eu coloquei algumas
idéias. Mas nós não podemos partir para o fechamento dos programas deficitários porque a PUC
tem um objetivo acima das preocupações mercantilistas, e a existência desses cursos enobrece a
universidade. Então, não penso
em extinguir os cursos menos
procurados, mas podemos reduzir suas mensalidades para torná-los mais atrativos.
Folha - A ampliação de vagas é a
melhor solução para a crise?
Mello - Nós temos inúmeras
propostas nesse terreno. Em primeiro lugar, uma atenção maior
na condução dos interesses econômicos da universidade. Em segundo, a valorização do nosso nome, com cursos em outros Estados. O nome PUC é mágico, é
uma chave que abre todas as portas no campo acadêmico. Não temos utilizado esses meios para a
captação de recursos.
Folha - Uma de suas propostas, a
instalação de catracas nos campi
com o argumento da segurança,
tem gerado polêmica...
Mello - Mas é uma proposta. Temos um dado real que é a criminalidade. O reitor vai ter que pensar nisso. Eu proponho que se faça algo antes que o pior aconteça.
Mas também quero que a coletividade se manifeste.
Folha - O senhor afirmou que, antes, a PUC não tinha o "corpo" -ou
seja, as instalações- das outras
entidades, mas tinha "alma". Porém as outras estão ganhando "alma" também. A PUC está perdendo
seu status?
Mello - Não. O perigo está nos
rondando. Quando eu ia nessas
faculdades e via sua pujança, usava essa comparação de corpo e alma. Agora, elas estão crescendo e
muitos dos professores que têm
são titulados na PUC. Precisamos
ficar atentos para a nossa referência não ser comprometida.
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