São Paulo, domingo, 16 de agosto de 2009

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ALDA CABRAL DE MONLEVADE (1914-2009)

Uma professora de várias cidades de SP

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Alda Cabral de Monlevade, professora que educou crianças em várias cidades do interior de SP, só conheceu Luiz, funcionário da extinta Cia. Paulista de Estradas de Ferro, porque ele perdeu o trem e decidiu pegar a jardineira que ela costumava tomar, em Pirassununga (SP).
Casaram-se em 1941. Alda lecionava "trabalhos manuais e economia doméstica" em colégios do Estado.
Por um tempo, morou em Campinas (SP) e trabalhou numa escola em Fernandópolis (SP). Demorava 14 horas de sua casa até o serviço.
"Ela ia de trem e ficava três dias fora para dar aula. Só então voltava para Campinas", lembra a filha Sylvia, procurado aposentada.
Formou ainda alunos em cidades de SP como Porto Ferreira, Vera Cruz, Tupã, Americana e Campinas.
Se alguém porventura fizesse comentários sobre o fato de ela ter um marido 15 anos mais velho, brincava: "Prefiro ser boneca de velho do que peteca de moço".
A filha conta que a mãe foi uma pessoa realizada e estava sempre "a frente do seu tempo". Dirigia, por exemplo, numa época em que mulher no volante ainda não era tão comum.
Natural de Maruim (SE), adorava viajar com família e amigos e visitar os parentes em sua terra natal. Quando um neto fazia dez anos, ela o levava para um cruzeiro.
Viúva desde 1973, morreu no último domingo, aos 95, de falência de órgãos. Teve três filhos e seis netos.

coluna.obituario@uol.com.br


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