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CRIME
Gil Rugai será julgado por júri popular
ALEXANDRE HISAYASU
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça determinou ontem
que o estudante Gil Rugai seja julgado por um júri popular sob a
acusação de ter matado o pai, Luiz
Rugai, 40, e a madrasta, Alessandra, 33, a tiros. O crime ocorreu
em março de 2004, em Perdizes
(zona oeste).
O juiz Cassiano Ricardo Zorze
Rocha, do 5º Tribunal do Júri, determinou a sentença de pronúncia (levar o réu a júri popular)
após analisar os argumentos do
Ministério Público e dos advogados de defesa, que alegam que o
estudante é inocente.
A data do julgamento ainda não
foi marcada, pois os advogados
de Rugai podem recorrer da decisão judicial.
Para a promotora Mildred de
Assis Gonzales, com a sentença de
pronúncia, caberá à sociedade,
representada pelos jurados, condenar ou absolver Gil Rugai.
"É claro que o Ministério Público irá lutar pela condenação. Durante o processo foram juntadas
inúmeras provas para sustentar a
acusação. Todas serão apresentadas ao júri", afirmou.
O advogado de Rugai, Fernando José da Costa, disse que pretende recorrer da decisão no Tribunal de Justiça.
"A sentença de pronúncia não
me causa surpresa e nem indignação. Ficarei indignado se um rapaz inocente (Gil Rugai) for condenado pelo júri", disse Costa.
Denúncia
Segundo as investigações da polícia, Gil Rugai, acompanhado de
uma pessoa não identificada, matou Luiz Rugai e sua mulher, Alessandra, com tiros de pistola 380,
na casa onde moravam.
Rugai, segundo a polícia, foi visto por um vigia saindo do imóvel
após os disparos. A arma usada
no crime foi encontrada no prédio onde o estudante tinha um escritório, em junho.
O réu está preso desde abril do
ano passado.
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