São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 2011

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Concessionária vai reavaliar comboio para subir a serra

Operação na Imigrantes em dias de neblina ocorre hoje apenas na descida

Após engavetamento, Ecovias diz que vai discutir a necessidade de ampliar comboio em direção à capital


DE SÃO PAULO

A gravidade do engavetamento na Imigrantes levará a Ecovias a analisar medidas para atenuar futuros riscos. Entre os assuntos que serão reavaliados estão a operação comboio em dias de neblina -que não é feita atualmente na subida da serra, mesmo com a visibilidade baixa.
A informação foi confirmada à Folha pelo diretor-superintendente da concessionária, José Carlos Cassaniga.
Hoje a rotina de comboios, a cargo da Ecovias e da Polícia Rodoviária, é limitada às pistas de descida da serra.
Segundo ele, como a velocidade dos veículos costuma ser menor na subida, "historicamente nunca se notou a necessidade" de haver esse controle de veículos no sentido litoral-capital (onde houve a sequência de batidas).
Agora, diz Cassaniga, esse tema será analisado de novo -embora não haja definição.
Um dos obstáculos é que, no planalto, há mais espaço do que no litoral para reter os veículos (que precisam esperar para seguir viagem em conjunto, acompanhados por equipes da concessionária).
A região do acidente de ontem tem nevoeiros com frequência nesta época do ano.
Nos últimos dez anos, pelo menos três engavetamentos durante neblina intensa, ocorreram próximos ao local do acidente de ontem e na mesma época do ano -de agosto a outubro. Em cada um deles uma pessoa morreu.
No maior deles, em 2002, 21 carros e dez caminhões se envolveram num engavetamento no km 7 da interligação Imigrantes-Anchieta.
Em junho de 1977, um engavetamento na Anchieta num dia de neblina deixou 15 mortos e 285 feridos -envolvendo 151 veículos.

BAIXA ALTITUDE
O nevoeiro de ontem foi originado por uma grande nebulosidade em baixa altitude que, no momento do acidente, cobria do litoral do Rio de Janeiro ao de Santa Catarina.
Essa nebulosidade subiu a serra e, ao encontrar temperaturas mais baixas, formou um denso nevoeiro.
O professor Ricardo Augusto Felício, do laboratório de climatologia da USP, diz que a formação de neblina naquela região é muito comum.
Ontem, ela foi causada por resquícios de uma frente fria que passou pelo litoral. (ALENCAR IZIDORO E VANESSA CORREA)


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