|
Texto Anterior | Índice
RIO
Baleado, acusado foi detido em hospital
Suspeito de matar policiais civis é preso
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
A polícia do Rio prendeu ontem
um dos suspeitos de ter assassinado os policiais civis Fábio Batista
da Silva e Flávio do Lago Jobim na
terça, em Vila Isabel (zona norte),
perto do morro dos Macacos.
O suspeito é Fernando dos Santos Pinto, 20, o Fernandinho Capeta, que seria gerente do tráfico
na favela. Baleado, ele foi preso no
Hospital Miguel Couto (Leblon,
zona sul).
Silva e Jobim foram mortos com
pelo menos dez tiros cada um. A
dupla estava fora de serviço, em
um Honda Civic, quando foi atacada por homens que faziam um
"bonde" (comboio de carros com
traficantes armados). Segundo a
polícia, o integrantes do "bonde"
pretendiam roubar o carro onde
estavam os policiais, que reagiram e acabaram assassinados.
A prisão do acusado só foi possível graças a informações prestadas por um suposto cúmplice,
Edmilson Rocha dos Santos, 22.
Segundo a polícia, Santos foi
preso durante uma operação
montada no morro pela Polícia
Civil para tentar capturar os assassinos dos policiais. Em um tiroteio, Santos acabou baleado.
Na operação, que contou com
cem policiais civis da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais)
e de delegacias especializadas,
além de um helicóptero, um suposto traficante foi preso. A polícia não informou o seu nome.
Fernandinho Capeta negou ter
matado os policiais e disse que foi
baleado durante um assalto.
Segundo o chefe da Polícia Civil,
Álvaro Lins, já estão identificados
mais dois integrantes do "bonde".
Eles ainda não haviam sido presos
até a conclusão desta edição.
Com a morte dos dois policiais
civis, chegou a 131 o número de
policiais assassinados neste ano
em todo o Estado do Rio.
O levantamento, feito pela Folha, contabiliza policiais mortos
em serviço ou em folga. A Secretaria Estadual de Segurança Pública
só divulga o número de policiais
mortos durante o trabalho.
Dos 131 mortos, 97 estavam de
folga -74,6%. A PM contabiliza
o maior número de baixas.
Texto Anterior: Anistia exibe filme sobre violência no Rio Índice
|